12 de fev 2025
Empresas de e-commerce dominam locação de galpões logísticos em 2024
O setor de galpões logísticos no Brasil teve pico em 2021, com 4 milhões de m². Em 2024, a absorção bruta caiu para 3,6 milhões de m², com previsão de 2,9 milhões em 2025. O e commerce e o setor farmacêutico se destacam, com Medicamentos Santa Cruz em expansão. A vacância está em 8,29%, a menor desde 2016, enquanto preços de locação devem subir. Taxas de juros elevadas e inflação dificultam novos investimentos no setor logístico.
Centro de distribuição do Mercado Livre no estado de São Paulo: a empresa segue com investimentos em logística para sustentar o crescimento. (Foto: Bloomberg/Jonne Roriz)
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O setor de galpões logísticos no Brasil, que teve um crescimento significativo durante a pandemia de covid-19, enfrenta um cenário desafiador em 2024. A demanda por centros de distribuição, impulsionada pelo aumento do e-commerce, levou a uma absorção bruta de 4 milhões de metros quadrados em 2021. Contudo, a absorção caiu para 3,6 milhões de metros quadrados em 2024, conforme levantamento da consultoria SiiLA, que abrange empreendimentos das classes A+, A e B.
Os altos juros, que permanecem em dois dígitos, encarecem o financiamento para construção e aquisição de galpões, além de impactar a inflação de custos e manutenção. A SiiLA prevê que, em 2025, a absorção bruta deve cair para 2,9 milhões de metros quadrados. O e-commerce continua a ser o principal motor do setor, com sete dos dez maiores ocupantes de galpões sendo empresas de varejo online, lideradas pelo Mercado Livre, que possui 1,6 milhão de metros quadrados locados.
A Shopee ocupa a quinta posição no ranking, tendo locado 244 mil metros quadrados em 2023. Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA, acredita que o interesse das empresas, especialmente chinesas, por expansão no Brasil deve persistir. O setor farmacêutico também se destaca, com um crescimento de 48% na ocupação entre 2021 e 2024, totalizando 910 mil metros quadrados locados.
Apesar das dificuldades, os preços de locação devem continuar a subir, com uma média projetada acima de R$ 27 por metro quadrado. A vacância no setor logístico está em 8,29%, a menor desde 2016, refletindo a baixa disponibilidade de espaços e a hesitação dos proprietários em investir em novas construções devido ao ambiente econômico desafiador.
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