14 de fev 2025
Investidores abandonam as big techs e buscam “vacas leiteiras” para maior segurança financeira
O mercado de big techs enfrenta incertezas, com analistas divididos sobre avaliações. A queda da Nvidia, causada pela startup DeepSeek, intensificou as preocupações. Investidores buscam alternativas seguras, priorizando empresas com fluxo de caixa livre. ETFs focados em fluxo de caixa livre superaram o índice Russell 1000 em retornos. Estudo revela que portfólios baseados em fluxo de caixa livre tiveram desempenho superior.
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A incerteza em torno dos investimentos nas big techs americanas tem gerado debates entre analistas. Enquanto alguns consideram essas empresas sobrevalorizadas, outros ressaltam a dificuldade em prever seu futuro, dado o setor em constante inovação. Recentemente, a Nvidia (NVDC34) enfrentou uma queda histórica devido à concorrência da startup chinesa DeepSeek. Essa situação levou investidores estrangeiros a reavaliar suas estratégias, com alguns afirmando que as chamadas “7 Magníficas” podem pertencer ao passado.
A alternativa em destaque são as companhias com forte fluxo de caixa livre, que oferecem maior solidez em tempos de volatilidade. O fluxo de caixa livre é o capital disponível após o pagamento de despesas operacionais e investimentos, permitindo a remuneração de credores e o pagamento de dividendos. Empresas com esse perfil tendem a ser menos dependentes de captações externas, o que as torna mais resilientes e com menor risco de falência, conforme explica Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital.
Os dividendos dessas empresas são considerados mais previsíveis, uma vez que geralmente apresentam baixa alavancagem. Otávio Barros, especialista da Fami Capital, destaca que isso reduz o risco para investidores e aumenta a estabilidade dos proventos. Contudo, investidores brasileiros devem estar atentos à tributação nos EUA, onde a tarifa sobre dividendos é de 30%, ao contrário da isenção no Brasil.
Diversos ETFs internacionais focados em empresas com fluxo de caixa livre foram lançados, como o Pacer US Cash Cows 100 ETF (COWZ), que busca replicar o desempenho das 100 empresas com maior fluxo de caixa do índice Russell 1000. Um estudo da gestora Lord Abbett revelou que, entre 2002 e 2024, um portfólio baseado em fluxo de caixa livre teve desempenho superior, subindo 1.038%, em comparação a um portfólio baseado em preço sobre valor patrimonial, que subiu 519%. A diversificação geográfica e em moedas mais fortes é recomendada para proteger o patrimônio, segundo Guilherme Barbosa, estrategista do Grupo Mirabaud.
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