16 de fev 2025
Governo busca solução para evitar aumento na tarifa de energia de Itaipu
O governo busca solução para tarifa de Itaipu, com prazo da Aneel se aproximando. Proposta de usar "bônus Itaipu" visa evitar aumento na tarifa de energia. Bônus acumulado chega a R$ 1,5 bilhão, mas questões legais permanecem. Especialistas consideram medidas alternativas para reduzir tarifas ao consumidor. Impasse legal sobre uso do bônus pode gerar novos debates no futuro.
Vista da hidrelétrica de Itaipu, no lado brasileiro da fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu (Foto: REUTERS/Rickey Rogers)
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O governo federal está buscando uma solução para a tarifa de Itaipu, após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estabelecer um prazo para resolver a questão. A falta de acordo pode resultar em um aumento de 6% na tarifa de repasse do lado brasileiro, contrariando a promessa do Ministério de Minas e Energia (MME) de manter o valor em US$ 17,66 por quilowatt ao mês, mesmo com o acordo de US$ 19,28 até 2026 com o Paraguai.
Atualmente, a diferença na tarifa é compensada por um sistema de "cashback", que reembolsa parte do valor através de descontos em investimentos feitos pela usina no Brasil. Contudo, esse montante não será suficiente para cobrir o déficit previsto na conta de comercialização de 2024. O governo pretende evitar o aumento da tarifa utilizando o "bônus Itaipu", que é um desconto aplicado a consumidores residenciais e rurais que consomem até 350 kWh.
O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que a estratégia de manter o bônus será mantida, com parte dos recursos sendo redirecionada para compensar a tarifa de repasse. Ele destacou que o bônus deste ano pode alcançar R$ 1,5 bilhão, relacionado à recomposição de empréstimos feitos para distribuidoras em 2021 e 2022. A advogada Laura Souza ressaltou que a legislação permite o uso de apenas uma "parcela" do resultado da comercialização para o bônus, o que pode evitar complicações legais.
Especialistas como Claudio Sales e Angela Gomes sugerem que a redução das despesas discricionárias da usina poderia ser uma alternativa viável para diminuir a tarifa. Gomes também alertou que a geração de energia de Itaipu deve permanecer abaixo da média, o que pode trazer o mesmo debate à tona no próximo ano, considerando o déficit relacionado à geração em 2024.
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