17 de fev 2025
Como agir ao ser involuntariamente rebaixado de classe em um voo
Anton Radchenko, especialista em direitos do consumidor, foi rebaixado em dois voos em 2023. O reembolso de Radchenko foi significativo: $1 mil pela Delta e £7,500 pela British Airways. A principal causa de rebaixos é a superlotação, prática comum entre companhias aéreas. Na Europa, a regulamentação EC No. 261/2004 garante compensações mais robustas para passageiros. Conhecer os direitos e agir rapidamente são essenciais para garantir compensações justas.
Foto: Reprodução
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Ao chegar ao aeroporto, muitos passageiros enfrentam a frustração de serem involuntariamente rebaixados de suas classes de assento, mesmo após terem pago por bilhetes de classe premium. Esse tipo de situação, embora não comum, ocorre com mais frequência do que se imagina. Anton Radchenko, que passou por isso duas vezes em 2023, destaca que muitos viajantes desconhecem seus direitos, o que pode complicar a busca por compensações. Ele alerta que as companhias aéreas frequentemente tentam minimizar reembolsos, aproveitando-se da falta de informação dos passageiros.
As razões para um downgrade involuntário variam, mas a superlotação é a mais comum. As companhias vendem mais bilhetes do que assentos disponíveis para garantir que o voo esteja cheio, mesmo que alguns passageiros não compareçam. Radchenko, que foi rebaixado em voos da Delta Air Lines e British Airways, explica que mudanças de aeronave e necessidades da tripulação também podem levar a essa situação. Quando notificado com antecedência, o passageiro pode tentar mudar para outro voo com o mesmo nível de serviço.
Caso ocorra um downgrade, é crucial documentar a situação. Radchenko recomenda obter uma justificativa por escrito e registrar tudo, incluindo fotos do novo assento e da comunicação com a companhia. Ele conseguiu um reembolso de R$ 1.000 após ser rebaixado pela Delta, que, segundo a companhia, oferece compensações baseadas na diferença de tarifa entre a classe original e a classe rebaixada. Radchenko enfatiza a importância de ser proativo e insistir nos direitos, já que as companhias podem tentar calcular reembolsos com base em preços atuais, que podem ser inferiores ao valor pago inicialmente.
Na Europa, os passageiros têm mais proteção devido à Regulamentação (CE) nº 261/2004, que garante compensações em casos de cancelamentos e overbookings. Radchenko recebeu 75% de reembolso de seu bilhete de £ 10.000 após ser rebaixado em um voo da British Airways, uma quantia que demonstra a eficácia dessa regulamentação. Para evitar downgrades, ele sugere reservar voos com antecedência e fazer check-in o mais cedo possível, além de manter fidelidade a uma única companhia aérea, o que pode reduzir as chances de rebaixamento em caso de overbooking. Conhecer os direitos e estar preparado pode tornar situações adversas mais gerenciáveis.
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