UnitedHealthcare oferece buyouts a funcionários e pode realizar demissões em massa

UnitedHealthcare está oferecendo a alguns funcionários de sua unidade de operações de benefícios a opção de aceitar resgates se pedirem demissão até 3 de março, após um ano conturbado para a gigante do setor de seguros. Aqueles que não aceitarem a oferta continuarão em seus cargos atuais ou em posições comparáveis. Caso a empresa não atinja a cota de demissões voluntárias, haverá cortes de funcionários, conforme informações de fontes internas. A empresa não revelou quantos colaboradores receberam as ofertas do programa denominado Voluntary Resignation Separation Program.

A unidade de operações de benefícios gerencia diversas subdivisões que cuidam de atendimento ao cliente, reclamações, inscrições e benefícios de seguros. A UnitedHealthcare, parte do UnitedHealth Group, é a maior seguradora de saúde privada dos Estados Unidos, com mais de 440 mil funcionários até dezembro de 2023. A empresa enfrenta desafios financeiros, incluindo o aumento das despesas médicas para beneficiários do Medicare Advantage e as consequências de um ataque cibernético custoso contra sua subsidiária Change Healthcare.

Os funcionários elegíveis para os resgates incluem trabalhadores em tempo integral ou parcial alocados em quatro segmentos internos da unidade de benefícios. Um porta-voz da UnitedHealth afirmou que essa opção voluntária faz parte dos esforços contínuos para posicionar a equipe de forma a atender as necessidades em evolução dos clientes. A empresa possui atualmente mais de 3.200 vagas disponíveis em seu site de carreiras e espera que as demissões ocorram a partir de 1º de maio.

Os pacotes de rescisão dependerão do tempo de serviço e do nível salarial dos funcionários. A empresa alertou que os benefícios para aqueles que forem demitidos futuramente podem não ser tão favoráveis quanto os oferecidos no programa de resgates. Os trabalhadores ficaram surpresos com a notícia, especialmente após a UnitedHealth reportar uma receita recorde de R$ 400,3 bilhões em 2024, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. A empresa também enfrentou críticas renovadas sobre os altos custos de saúde nos EUA, após o assassinato de seu CEO de seguros, Brian Thompson, em dezembro.