20 de fev 2025
Banco do Brasil mira liderança no crédito consignado privado com e-Social
O Banco do Brasil planeja lançar crédito consignado via e Social em março. A nova linha visa competir com Itaú e Santander, dominantes no setor privado. Expectativa de crescimento de até 11% na carteira de crédito para pessoas físicas. A inadimplência do BB caiu para 4,66%, a menor entre os segmentos de crédito. Agronegócio enfrenta desafios, com inadimplência subindo para 2,45% em 2024.
Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil: expectativa de melhora da qualidade da carteira de crédito (Foto: Divulgação)
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O Banco do Brasil, que lidera o crédito consignado para servidores públicos, planeja expandir sua atuação no mercado de empréstimos consignados privados com a introdução do e-Social, previsto para março de 2024. A presidente do banco, Tarciana Medeiros, destacou que essa nova linha de crédito permitirá oferecer taxas mais competitivas em comparação ao crédito pessoal. Atualmente, o setor é dominado por instituições como Itaú e Santander, mas com o e-Social, o governo atuará como intermediário, possibilitando que qualquer banco autorizado conceda crédito a trabalhadores de empresas cadastradas.
Medeiros também mencionou que o e-Social é uma das principais apostas do Banco do Brasil para 2025, com a expectativa de crescimento superior ao mercado. O banco projeta um aumento de até 11% na carteira de crédito para pessoas físicas, impulsionado pelo consignado privado. A estimativa é que o mercado de consignado privado cresça de R$ 40 bilhões para R$ 300 bilhões. A CEO descreveu essa oportunidade como um "oceano azul" para a instituição, que já possui 41,3% de sua carteira de crédito para pessoas físicas vinculada ao consignado.
Em 2024, a carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu 15,3%, totalizando R$ 1,28 trilhão, com a inadimplência para pessoas físicas caindo de 4,79% para 4,66%. No entanto, o setor agropecuário, que representa 30% da carteira de crédito do banco, enfrenta desafios, com a inadimplência subindo de 0,96% para 2,45% devido a mudanças climáticas e queda nas cotações. Apesar disso, as provisões para inadimplência diminuíram em 8%, gerando preocupações sobre a saúde financeira do banco.
Medeiros e o CFO, Geovanne Tobias, afirmaram que a carteira de crédito do agronegócio deve se recuperar ao longo do ano, com expectativas de safra recorde. Tobias enfatizou que o Banco do Brasil já atua em segmentos que os bancos privados buscam explorar, e defendeu a qualidade da carteira do banco, que é diversificada entre agro, pessoas físicas e empresas. Ele também comentou que as ações do Banco do Brasil estão subvalorizadas, com um múltiplo preço/lucro de 6,13 vezes, inferior ao do Itaú, que é de 7,8 vezes.
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