Economia

Crescimento da cabotagem reduz custos e transforma logística no transporte de cargas

A cabotagem cresceu 20% entre 2023 e 2024, movimentando 1,55 milhão de contêineres. A Mondeléz iniciou operações marítimas, prevendo redução de 20% nos custos logísticos. A nova lei BR do Mar aumentou a concorrência e permitiu afretamento de navios estrangeiros. A cabotagem representa apenas 12% da matriz de transportes no Brasil, contra 44% na China. Empresas como Unilever e Grupo Moura também adotaram a cabotagem, reduzindo custos e emissões.

Vista aérea de navio no Porto do Rio: cabotagem vem crescendo dois dígitos nos últimos anos (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)

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O transporte marítimo de cargas entre portos brasileiros, conhecido como cabotagem, tem apresentado um crescimento significativo, com um aumento de 20% entre 2023 e 2024. De acordo com a Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), foram movimentados 1,55 milhão de contêineres no último ano. Essa modalidade tem se mostrado uma alternativa mais econômica em comparação ao transporte rodoviário, com custos de 20% a 30% inferiores, especialmente para longas distâncias.

A Mondeléz, fabricante de doces, é um exemplo de empresa que adotou a cabotagem, transportando produtos acabados e insumos como açúcar entre suas fábricas e centros de distribuição. A companhia estima uma redução de 20% nos custos logísticos em um ano. Apesar de o transporte rodoviário ser mais ágil para distâncias menores, a cabotagem se destaca pela capacidade de carga e menores emissões de gases poluentes, com cada navio podendo transportar até 3,5 mil contêineres.

Desde a aprovação da BR do Mar, que permite o afretamento de navios estrangeiros, o setor de cabotagem se tornou mais competitivo, com a entrada de novas armadoras e a ampliação das frotas. A cabotagem, que representa atualmente cerca de 10% das cargas no Brasil, ainda enfrenta desafios, como a necessidade de planejamento logístico mais complexo devido ao maior tempo de transporte em comparação ao rodoviário.

Empresas como a Unilever e o Grupo Moura também têm utilizado a cabotagem, destacando suas vantagens em termos de custo e redução de emissões. A cabotagem se mostra especialmente vantajosa para empresas de menor porte, que podem se beneficiar do contêiner fracionado, tornando-se competitivas no mercado. A demanda por esse modal continua a crescer, apesar de desafios como as mudanças climáticas que afetam a navegação.

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