Economia

Camil enfrenta queda de 8,52% após rebaixamento do JPMorgan para ações da empresa

O JPMorgan rebaixou a recomendação das ações da Camil de overweight para underweight. Ações da Camil caíram 8,52%, sendo negociadas a R$ 3,76 após a revisão. Aumento da taxa de juros elevou o endividamento da empresa, afetando a geração de caixa. Camil enfrenta desafios operacionais, como dependência de terceiros na produção de açúcar. Novo valor justo das ações é entre R$ 3 e R$ 6,30, abaixo do preço atual de mercado.

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O JPMorgan rebaixou a recomendação para as ações da Camil (CAML3) de overweight para underweight, indicando que a instituição acredita que a empresa terá um desempenho inferior ao do mercado. Na manhã desta terça-feira, 25 de fevereiro, as ações da Camil caíam 8,52%, cotadas a R$ 3,76. O aumento da taxa de juros no Brasil elevou o endividamento da empresa, que agora supera quatro vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), resultando em geração de caixa livre negativa.

O JPMorgan também destacou a valorização excessiva das ações da Camil, que estão sendo negociadas a um múltiplo de 6,7 vezes o Ev/Ebitda, acima da média do setor de 4,2 vezes e da média histórica da empresa de 5,9 vezes. A falta de uma estrutura verticalizada no setor de açúcar e a previsão de colheita maior no arroz, um dos principais produtos da companhia, pressionam as margens e a rentabilidade. Além disso, a estratégia de crescimento por aquisições enfrenta dificuldades devido ao aumento da alavancagem.

Para a avaliação da empresa, o banco utilizou um modelo de fluxo de caixa descontado, assumindo um custo médio ponderado de capital de 15,1% e uma taxa de crescimento nominal de 2,5% na perpetuidade. O múltiplo-alvo de Ev/Ebitda foi fixado em 5,5 vezes para 2026, levando em conta a participação da Camil em categorias de marca. O valor justo estimado para as ações varia entre R$ 3 e R$ 6,30, abaixo do preço atual. O preço-alvo anterior de R$ 12 foi retirado.

Apesar do cenário desafiador, o JPMorgan aponta que fatores como uma demanda do consumidor mais forte ou problemas climáticos que reduzam a oferta de arroz podem beneficiar a Camil no futuro. No entanto, esses fatores são considerados incertos, e o banco mantém uma perspectiva conservadora em relação à ação.

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