25 de fev 2025
Fintechs buscam reduzir custos de remessas para a África Subsaariana, a mais alta do mundo
Remessas para a África subsaariana custam em média 8,37% do valor enviado, o maior do mundo. Fintechs como NALA e Mukuru cortam intermediários, oferecendo transferências instantâneas. Apenas 37% da população tem acesso à internet, dificultando a adoção de serviços digitais. O sistema PAPSS visa unificar regulamentações, facilitando transferências entre países africanos. A redução de taxas depende de apoio governamental e adaptação às necessidades locais.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Fintechs buscam reduzir custos de remessas para a África Subsaariana, a mais alta do mundo
Ouvir a notícia
Fintechs buscam reduzir custos de remessas para a África Subsaariana, a mais alta do mundo - Fintechs buscam reduzir custos de remessas para a África Subsaariana, a mais alta do mundo
A remessa de dinheiro é uma fonte crucial de sustento para milhões de pessoas na África Subsaariana, mas o custo para enviar esses valores é o mais alto do mundo, conforme dados do Banco Mundial. Em 2023, as remessas para a região somaram 54 bilhões de dólares, representando mais de um quinto do PIB de países como Gâmbia e Lesoto. A crescente presença de empresas de tecnologia financeira (fintech) visa reduzir esses custos, desafiando gigantes como Western Union e MoneyGram.
Atualmente, o custo médio para enviar dinheiro à África Subsaariana é de 8,37% do valor total da transação, em comparação com 5,53% na Ásia do Sul. A transição de pagamentos em dinheiro para serviços digitais é um desafio, já que apenas 37% da população da região tem acesso à internet. A resistência ao uso de métodos digitais é comum, especialmente entre os mais velhos, enquanto os jovens estão mais abertos a essa mudança.
Além de atrair clientes para pagamentos digitais, as fintechs enfrentam a complexidade de um sistema que envolve muitos intermediários, o que eleva custos e causa atrasos. Novas empresas, como NALA e Flutterwave, estão eliminando esses intermediários, permitindo pagamentos instantâneos ao manter liquidez em cada país onde operam. No entanto, a obtenção de licenças e a adaptação às regulamentações locais ainda representam um desafio significativo.
A ONU estabeleceu uma meta de 3% para as taxas de remessa, mas as taxas cobradas por bancos e carteiras digitais dificultam essa redução. Especialistas sugerem que os governos devem limitar essas taxas e oferecer suporte à infraestrutura para que as fintechs possam operar de forma mais eficiente. A personalização dos serviços às necessidades locais é vista como essencial para o sucesso nesse mercado em expansão.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.