27 de fev 2025
Onda de calor provoca oscilações nos preços da energia no mercado livre
O Brasil registrou a maior carga de energia da história, com 105.475 MW. O preço de liquidação das diferenças (PLD) saltou de R$ 58,60 para R$ 128,93. O uso intenso de ar condicionado em empresas contribui para o aumento da demanda. Especialistas recomendam tecnologias sustentáveis para reduzir custos energéticos. Empresas podem economizar até 35% ao migrar para o mercado livre de energia.
Foto: Reprodução
Ouvir a notícia:
Onda de calor provoca oscilações nos preços da energia no mercado livre
Ouvir a notícia
Onda de calor provoca oscilações nos preços da energia no mercado livre - Onda de calor provoca oscilações nos preços da energia no mercado livre
Os recordes de consumo de energia elétrica em 2025 geram preocupações tanto para comercializadoras quanto para consumidores no mercado livre. As altas temperaturas, que intensificaram o uso de ar-condicionado em ambientes corporativos, contribuíram para a carga máxima histórica do Sistema Interligado Nacional (SIN), que atingiu 105.475 megawatts (MW) em 24 de fevereiro. Picos de demanda ocorreram em dias específicos, sempre por volta das 14 horas. O preço de liquidação das diferenças (PLD) subiu de R$ 58,60 no início de fevereiro para R$ 128,93 na última semana do mês, enquanto os valores de longo prazo aumentaram de R$ 309 para R$ 390.
A situação dos reservatórios é crítica, com chuvas insuficientes para elevar os níveis de água e a diminuição da vazão da usina de Belo Monte impactando a oferta. Monique Batista dos Santos, da Clarke Energia, destaca que, apesar da aparente frequência de chuvas, os reservatórios não estão se recuperando como esperado. Isso pode levar consumidores com contratos rígidos a enfrentarem preços elevados no mercado de curto prazo, exigindo que as comercializadoras monitorem de perto as necessidades dos clientes.
Empresas conectadas à média e alta tensão têm a opção de migrar para o mercado livre de energia, onde os descontos na conta de luz podem chegar a 30%. Raphael Ruffato, CEO da Lead Energy, sugere que as empresas adotem estratégias para reduzir o consumo durante ondas de calor, utilizando tecnologia e práticas sustentáveis. A implementação de sensores inteligentes e melhorias no isolamento térmico são algumas das soluções que podem gerar economia significativa.
Além disso, a instalação de painéis solares no modelo de micro e minigeração distribuída (MMGD) pode proporcionar um retorno sobre o investimento em quatro a sete anos, com potencial de economia de até 95%. Essas ações não apenas garantem competitividade, mas também promovem a sustentabilidade a longo prazo, conforme enfatiza Ruffato, ressaltando que cada real economizado representa um aumento no caixa da empresa.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.