Economia

Aneel debate saúde financeira das distribuidoras de energia e novas métricas de sustentabilidade

Aprovado termo para renovação de 30 anos de 19 distribuidoras de energia. Abradee questiona critérios da Aneel sobre sustentabilidade financeira das concessionárias. Provisões positivas não são consideradas na análise de sustentabilidade, gerando debate. Revisão de critérios para áreas com restrições operativas ocorrerá no segundo semestre. Novo contrato exige geração de caixa adequada e investimentos para qualidade no serviço.

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A recente aprovação do termo que fundamentará a renovação por 30 anos da concessão de dezenove distribuidoras de energia direciona a atenção do setor elétrico para os processos complementares que impactam as obrigações das empresas. Um dos principais pontos de discussão é um recurso da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), que questiona a metodologia de avaliação da sustentabilidade econômica e financeira das concessionárias. O debate gira em torno da inclusão de despesas e receitas não recorrentes na análise da capacidade das empresas de cumprir suas obrigações financeiras.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) tem sido criticada por considerar apenas provisões negativas, desconsiderando as provisões positivas, que são receitas potenciais. O diretor da Aneel, Ricardo Tili, está com um pedido de vista sobre o assunto. A agência já colocou em consulta pública a possibilidade de aceitar apenas o EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente, excluindo pagamentos ou recebimentos esporádicos que podem não se concretizar.

Além disso, Gustavo de Marchi, vice-presidente da Comissão de Energia Elétrica da OAB/RJ, destaca a necessidade de discutir áreas com severas restrições operativas, que enfrentam altos índices de perdas não técnicas, como ligações clandestinas. Ele menciona a Amazonas Energia como um exemplo crítico, onde a insustentabilidade se agrava devido a furtos de energia, que acabam sendo pagos pelos consumidores. A Aneel reconhece parte dessas perdas na tarifa, mas limita o repasse se houver ineficiência na gestão.

Uma revisão dos critérios para classificar áreas com severas restrições operativas está prevista para o segundo semestre, conforme a superintendente da Aneel, Camila Bomfim. Essa revisão incluirá novas variáveis além do CEP residencial. O novo contrato aprovado para as distribuidoras exige que mantenham níveis adequados de geração de caixa e endividamento, permitindo investimentos na melhoria da qualidade do serviço. O não cumprimento dessas obrigações pode resultar em limitações na distribuição de dividendos e até na caducidade da concessão. Ricardo Brandão, diretor-executivo de Regulação da Abradee, afirma que as modernizações regulatórias são essenciais para garantir estabilidade e segurança jurídica no setor.

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