11 de mar 2025
Fraudes financeiras no Brasil superam R$ 10 bilhões em 2024, com aumento expressivo no uso do Pix
Em 2024, fraudes financeiras no Brasil somaram R$ 10,1 bilhões, alta de 17%. Golpes via Pix cresceram 43%, totalizando R$ 2,7 bilhões em perdas. Banco Central excluirá quase 10 milhões de chaves Pix irregulares em abril. Aumento de operações contra crimes cibernéticos passou de 300 para mil em 2024. Estimativas indicam que cibercrimes podem custar US$ 10,5 trilhões globalmente em 2025.
Foto: Reprodução
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O volume de dinheiro perdido com fraudes no Brasil aumentou 17% de 2023 a 2024, passando de R$ 8,6 bilhões para R$ 10,1 bilhões, conforme dados da Febraban. As fraudes em canais eletrônicos e cartões de débito são as principais responsáveis, acumulando perdas de R$ 10 bilhões nos dois anos. Os golpes relacionados ao Pix também cresceram, com prejuízos de R$ 2,7 bilhões e um aumento de 43% nas transações fraudulentas. O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destacou a necessidade de marcos legais mais rigorosos para combater esses crimes.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou que 36% dos brasileiros foram vítimas de golpes até fevereiro de 2024, com os mais afetados sendo pessoas acima de 60 anos. Os crimes mais comuns incluem clonagem de cartões (44%), golpes por falsas centrais (32%) e pedidos de dinheiro por WhatsApp (31%). O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, informou que as operações contra crimes cibernéticos aumentaram de 300 em 2022 para mais de mil em 2024, refletindo um esforço crescente para enfrentar a criminalidade digital.
A partir de abril, o sistema Pix passará por mudanças significativas, com a exclusão de quase 10 milhões de chaves de CPFs e CNPJs irregulares na Receita Federal. O objetivo é aumentar a segurança e evitar fraudes. O Banco Central também anunciou um orçamento de R$ 67,6 milhões para a manutenção do sistema em 2025, um aumento em relação aos anos anteriores. Em 2024, o Pix movimentou R$ 26,46 trilhões, um crescimento de 54,6% em relação a 2023.
A Febraban alertou que a criminalidade digital é um grande desafio, com custos globais do cibercrime projetados para atingir US$ 10,5 trilhões até 2025. Sidney enfatizou que a maioria dos golpes é realizada por meio de engenharia social, que manipula as vítimas para obter informações. O Brasil ocupa a sétima posição entre os países com mais contas violadas, com 84 milhões de violações registradas em 2024. A segurança nas transações financeiras é crucial para o desenvolvimento de um sistema de pagamentos confiável, especialmente com o crescimento do uso do Pix.
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