12 de mar 2025
Porsche enfrenta desafios e reduz meta de lucro enquanto aposta em motores a combustão
A Porsche revisou sua meta de retorno sobre vendas para 15% 17%, abaixo de 19%. A montadora anunciou cortes de quase 4 mil empregos devido a incertezas de mercado. A empresa enfrenta desafios na China e queda na demanda por veículos elétricos. Porsche investirá 800 milhões de euros em novos modelos de combustíveis fósseis. CEO Oliver Blume destaca parceria com Volkswagen para enfrentar tarifas dos EUA.
"Em uma vista aérea, uma planta de montagem da Volkswagen é vista em 19 de abril de 2024 em Chattanooga, Tennessee. (Foto: Elijah Nouvelage/Getty Images News)"
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O CEO da Porsche, Oliver Blume, afirmou que a empresa pode intensificar sua parceria com a Volkswagen para enfrentar possíveis tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em entrevista à CNBC, Blume destacou que a Porsche e a Volkswagen possuem um acordo de cooperação industrial, o que pode ser crucial na resposta a essas tarifas. A Porsche, que não possui operações de montagem nos EUA, enfrenta riscos em um potencial conflito comercial entre os EUA e a União Europeia, já que suas principais fábricas estão na Alemanha.
Recentemente, a Porsche reportou uma queda de 23% no lucro operacional, totalizando 5,64 bilhões de euros em 2024, em comparação com o ano anterior. As vendas também diminuíram 1,1%, alcançando 40,08 bilhões de euros. A empresa atribui esses resultados a um mercado tenso na China, interrupções nas cadeias de suprimentos e um atraso na transição para a mobilidade elétrica. Blume descreveu o ano como "intenso, desafiador, mas também bem-sucedido", apesar das dificuldades.
Além disso, a Porsche revisou suas metas de lucratividade, agora buscando um retorno sobre vendas entre 15% e 17% no médio prazo, abaixo da meta anterior de até 19%. A montadora planeja um "amplo redimensionamento" com investimentos em novos modelos e tecnologias, incluindo um novo 911 e uma linha de SUVs. As ações da empresa caíram 5,1% na quarta-feira, refletindo a incerteza no mercado.
A Porsche também enfrenta desafios com a concorrência no setor de veículos elétricos, especialmente de marcas chinesas como a BYD. A empresa anunciou cortes de empregos e uma reavaliação de sua linha de produtos, enquanto busca manter sua meta de margem de longo prazo acima de 20%. A situação é complicada pela vulnerabilidade das operações da Porsche nos EUA, que dependem da importação de veículos e estão sujeitas a tarifas comerciais.
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