Economia

Administrador judicial do Banco Santos busca leiloar ativos e encerrar falência de 20 anos

O Banco Santos enfrenta falência há quase 20 anos, com tentativas frustradas de leilão. A morte de Edemar Cid Ferreira, opositor do leilão, pode facilitar a venda dos ativos. Novo leilão será no formato "stalking horse", com apoio da família e credores. Ativos não contaminados totalizam R$ 716,142 milhões, com prazo de 60 dias para ofertas. Juiz Paulo Furtado convocará assembleia de credores para aprovar leilão em maio.

Edemar Cid Ferreira, ex-controlador do Banco Santos, que morreu em 2024 (Foto: Ana Paula Paiva/Valor)

Edemar Cid Ferreira, ex-controlador do Banco Santos, que morreu em 2024 (Foto: Ana Paula Paiva/Valor)

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O administrador judicial do Banco Santos está buscando uma última oportunidade para leiloar os ativos da massa falida, encerrando um processo que se arrasta há quase 20 anos. A morte de Edemar Cid Ferreira, em 2023, pode facilitar essa venda, já que ele era um opositor do leilão, enquanto seus filhos desejam resolver a situação e "resgatar" o nome do pai. Em 2022, uma tentativa de leilão foi frustrada por uma reviravolta no processo, que incluiu outras empresas ligadas ao grupo na falência.

A nova proposta envolve um leilão no formato "stalking horse", onde um licitante inicial estabelece um lance mínimo, seguido por um processo competitivo. Essa abordagem permitirá que a massa falida evite uma nova avaliação de todos os ativos, que poderia ser demorada. A petição da massa falida, acessada pelo Valor, menciona que o modelo foi sugerido devido ao interesse de compradores e ao apoio de credores para a venda total dos ativos, visando o encerramento da falência.

A família de Cid Ferreira e alguns credores estão dispostos a abrir mão de recursos judiciais para facilitar o leilão. Entre os potenciais compradores estão empresas como BTG e Jive, que atuam no mercado de ativos estressados. A massa falida identificou 106 processos, totalizando R$ 716,142 milhões em ativos não contaminados. O prazo proposto para que os interessados analisem os ativos e façam suas ofertas é de 60 dias.

O juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Paulo Furtado de Oliveira Filho, reconheceu a nova proposta e deu dez dias para que os credores se manifestem. Após esse período, o Ministério Público também terá prazo para opinar. Se não houver objeções, uma assembleia geral de credores será convocada, possivelmente em maio, para aprovar o leilão. O administrador da massa falida e os advogados da família Cid Ferreira não comentaram sobre o assunto.

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