Economia

Participação feminina em conselhos de administração avança, mas meta de 30% ainda é um desafio

Em 2024, apenas 16 das 100 maiores empresas têm 30% de conselheiras. A presença feminina nos conselhos aumentou para 21%, de 8,5% em 2019. O Banco do Brasil destaca se com 50% de mulheres em seu conselho de administração. A capacitação e ações afirmativas são essenciais para a diversidade nos conselhos. A inclusão feminina traz novas perspectivas e decisões estratégicas nas empresas.

Índice de mulheres em conselhos ainda não gera ambiente diverso (Foto: Gabriel Reis/Valor)

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O número de mulheres em conselhos de administração no Brasil continua baixo, apesar dos avanços. Uma pesquisa da PwC, em parceria com o 30% Club Brasil, revelou que, em 2024, apenas 16 das cem maiores empresas abertas possuem pelo menos 30% de conselheiras. Entre essas empresas estão o Banco do Brasil, Magazine Luiza, Raízen e TIM, enquanto oito empresas não têm conselheiras. O índice de mulheres em conselhos subiu apenas 1% em relação ao ano anterior, totalizando 800 conselheiras nas companhias do IB3X100, que representam os cem ativos mais relevantes da B3.

A presença feminina nos conselhos aumentou para 21%, comparado a 8,5% em 2019. Jandaraci Araujo, fundadora do Instituto Conselheira101, destaca que, embora haja progresso, ainda é insuficiente para uma governança verdadeiramente diversa. O instituto já capacitou mais de uma centena de mulheres, com 45% delas ocupando posições em conselhos administrativos e consultivos. Araujo acredita que a qualificação técnica e ações afirmativas, como a exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a divulgação de dados de diversidade, têm contribuído para essa evolução.

Rachel Maia, conselheira do GPA e da Vale, observa que a inclusão feminina traz novas perspectivas e temas que não são abordados nas estratégias atuais. Com um mestrado em sustentabilidade e experiência em conselhos, ela enfatiza a importância da formação e da experiência para abrir espaço para outras mulheres. Vania Neves, ex-diretora da Vale e conselheira do Carrefour Brasil, também ressalta que os conselhos estão buscando pluralidade de perfis, como tecnologia e inovação, para enriquecer as discussões.

O Banco do Brasil se destaca com 50% de mulheres em seu conselho de administração e 44,4% no conselho diretor. Ana Cristina Rosa Garcia, vice-presidente corporativa do banco, afirma que a mudança cultural é essencial para atender a um público diversificado. A Vivara, com 40% de mulheres em seu conselho, também exemplifica a tendência de inclusão, destacando a relevância de ter mulheres em um negócio voltado para o público feminino.

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