HSBC demite executivos no dia dos bônus e corta remunerações em reestruturação drástica

O HSBC, sob a direção do novo CEO Georges Elhedery, está implementando uma política de contenção de custos. Recentemente, o banco demitiu executivos no mesmo dia em que deveriam receber informações sobre seus bônus, resultando em muitos deles sem qualquer bonificação. Essa ação faz parte de um plano mais amplo que visa economizar US$ 300 milhões até 2025 e reduzir US$ 1,5 bilhão de sua base de custos anual até o final de 2024.

A reestruturação inclui o fechamento das operações de fusões e aquisições e de mercados de ações na Europa, Reino Unido e Américas, mantendo essas atividades apenas na Ásia e no Oriente Médio. Essa estratégia reflete a intenção do HSBC de concentrar esforços em regiões mais lucrativas e cortar gastos em áreas menos rentáveis. A decisão de não pagar bônus aos funcionários demitidos é uma exceção no setor, onde é comum que bancos ofereçam compensações, mesmo que reduzidas, durante reestruturações.

O HSBC enfrenta pressão para reduzir custos, especialmente à medida que o impacto positivo dos aumentos das taxas de juros começa a diminuir. A receita do banco é fortemente dependente dessa fonte, que representa metade de sua receita total. Além disso, a instituição está reorganizando suas operações globais, fundindo unidades e eliminando camadas de gestão sênior, o que também faz parte do esforço para aumentar a eficiência.

As mudanças na estrutura organizacional incluem a criação de divisões geográficas, como “mercados orientais” e “mercados ocidentais”. O pacote de remuneração proposto para Elhedery pode chegar a 19,8 milhões de libras se o preço das ações do banco subir 50%, refletindo a pressão para melhorar o desempenho financeiro e aumentar o valor das ações do HSBC.