Economia

Tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia ameaçam o mercado de luxo nos EUA

Tarifas de 20% sobre produtos da UE geram incertezas no mercado de luxo dos EUA, afetando preços e comportamento dos consumidores.

Pessoa carrega sacola da Louis Vuitton em Nova York, em abril de 2025. Com tarifas na União Europeia, fabricantes de bens de luxo estão "roendo as unhas" com seus produtos "Made in France" ou "Made in Italy". (Foto: Karsten Moran/The New York Times)

Pessoa carrega sacola da Louis Vuitton em Nova York, em abril de 2025. Com tarifas na União Europeia, fabricantes de bens de luxo estão "roendo as unhas" com seus produtos "Made in France" ou "Made in Italy". (Foto: Karsten Moran/The New York Times)

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As empresas de luxo enfrentam um cenário desafiador nos Estados Unidos devido à imposição de tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia pela administração Trump. Esse movimento, que contrasta com as expectativas de desregulamentação e crescimento, gera incertezas sobre preços e vendas, impactando diretamente o comportamento dos consumidores. No ano passado, os americanos foram responsáveis por 24% dos gastos globais em bens de luxo, totalizando $1,62 trilhões, segundo a Bain & Co.

O cofundador do banco de investimento BDA, Euan Rellie, destacou que os Estados Unidos deveriam ser o "salvador da indústria de bens de luxo", mas a nova política tarifária trouxe uma realidade difícil. Marcas como LVMH, Burberry e Chanel não comentaram sobre o impacto das tarifas, mesmo sabendo que os EUA representaram 25% da receita do grupo em 2024. A incerteza sobre os preços de produtos icônicos, como bolsas Chanel e relógios Rolex, pode levar os consumidores a adiar compras.

Analistas preveem que, se as tarifas permanecerem, os preços dos produtos de luxo subirão. Luca Solca, analista da Bernstein, afirmou que muitos consumidores estão hesitantes e preferindo esperar. A possibilidade de um mercado paralelo, onde produtos de luxo são comprados no exterior e revendidos nos EUA, também foi mencionada. Além disso, a tendência do "luxo silencioso" pode ressurgir, onde os consumidores optam por não exibir marcas reconhecíveis.

A situação é ainda mais complexa, pois 70% dos compradores de luxo são considerados "clientes abastados e aspiracionais", que podem reduzir gastos em tempos de incerteza econômica. O aumento contínuo dos preços no setor de luxo, como o caso das bolsas Chanel, que mais do que dobraram de preço entre 2016 e 2023, pode agravar a percepção negativa em relação a essas marcas. Apesar dos desafios, alguns segmentos, como o mercado de bens de designer vintage, podem se beneficiar da situação atual.

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