11 de abr 2025
Brasil se destaca nas exportações de soja para a China em meio à guerra comercial
China intensifica compras de soja brasileira, evitando produtos dos EUA devido a tarifas elevadas. Brasil se destaca no mercado agrícola global.
Gado de corte (Foto: Reprodução do Instagram/@abiecoficial) (Foto: Reprodução) Embarque de soja no Porto de Santos (Foto: Werther Santana/Estadão)
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Importadores chineses adquiriram uma quantidade excepcional de soja brasileira nesta semana, em resposta à escalada da guerra comercial com os Estados Unidos. As compras, que totalizam pelo menos 2,4 milhões de toneladas, representam quase um terço do volume mensal que a China costuma processar. Essa movimentação ocorre em meio a tarifas elevadas impostas pelos EUA, que dificultam a importação de produtos americanos.
O Brasil já é o maior exportador de soja para a China, superando os Estados Unidos, que ocupam a segunda posição. A recente compra foi impulsionada pela queda nos preços da soja brasileira, que se tornaram mais competitivos devido às tensões comerciais. As remessas estão programadas para entrega entre maio e julho, período em que a soja brasileira domina o mercado.
Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global, destaca que, embora o Brasil se beneficie com o aumento das exportações agrícolas, não se pode esperar um crescimento tão acentuado quanto em anos anteriores. Ele observa que a soja brasileira abastece o mercado no primeiro semestre, enquanto a produção americana é colhida no segundo semestre, criando uma dinâmica de oferta que favorece a China.
A guerra comercial entre os dois países parece ter se intensificado, com os EUA elevando tarifas para 125% e a China retaliando com uma tarifa de 84%. Essa situação gera incertezas sobre o futuro do mercado de soja, especialmente quando as lavouras americanas começarem a ser colhidas no segundo semestre. A dependência da China em relação à soja americana pode levar a uma busca contínua por alternativas, como a soja brasileira.
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