China adia aprovação de montadoras Geely e BYD para produção de carros na América Latina

A China adiou a aprovação dos planos das montadoras Geely e BYD para produzir veículos na América Latina, devido a preocupações com a transferência de tecnologia e incertezas comerciais. As informações foram confirmadas por fontes à agência de notícias Reuters. A Geely havia firmado um acordo com a Renault para utilizar suas instalações no Brasil, enquanto a BYD planejava uma fábrica no México.

O planejamento estatal chinês alertou as montadoras sobre os riscos associados à transferência de tecnologia, sem fornecer detalhes específicos. Além disso, representantes da indústria automobilística advertiram que as tarifas impostas pelos Estados Unidos aumentam as incertezas no comércio global, complicando os investimentos no exterior. As discussões sobre os projetos permanecem em andamento e podem sofrer alterações.

A Geely destacou que sua parceria com a Renault no Brasil foi bem-sucedida, com o lançamento de veículos elétricos apenas 52 dias após a assinatura do acordo. Por outro lado, a BYD ainda não definiu a localização de sua fábrica mexicana, prevista para ser anunciada até o final de 2024. As montadoras chinesas estão buscando expandir sua presença internacional, especialmente em mercados onde enfrentam tarifas elevadas.

Os atrasos na aprovação ocorrem em um contexto de crescente investimento das montadoras chinesas no exterior, com a Geely e a BYD estabelecendo fábricas em diversos países. A Geely, que também controla as marcas Volvo e Polestar, tem buscado parcerias para aumentar sua produção fora da China, enquanto a BYD já construiu fábricas em locais como Hungria e Tailândia.