Economia

Brasil e Argentina se destacam como vencedores na guerra comercial agrícola global

Brasil e Argentina se destacam nas exportações agrícolas, aproveitando a guerra comercial entre EUA e China para expandir seus mercados.

Frigorífico da Marfrig em Promissão, São Paulo (Foto: Ana Paula Paiva / Valor Econômico)

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Guerra comercial EUA-China impulsiona exportações de carne e grãos da América do Sul

A escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China abriu espaço para o aumento das exportações de produtos agrícolas da América do Sul. Brasil e Argentina se destacam como principais beneficiários, conquistando mercados antes dominados pelos norte-americanos.

As tarifas impostas pelos EUA sobre produtos agrícolas, incluindo carne bovina, alteraram os fluxos comerciais globais. As exportações brasileiras de carne bovina para mercados halal – como Argélia e Turquia – aumentaram significativamente. O Japão, tradicionalmente um grande importador de carne americana, negocia a compra de carne bovina brasileira, buscando alternativas mais acessíveis.

De acordo com Guilherme Jank, analista da Datagro, uma possível desaceleração econômica global intensificaria a busca por fornecedores de menor custo, favorecendo ainda mais o Brasil no mercado de carne bovina. A China, por sua vez, tem aumentado as compras de soja e frango da Argentina, além de ter aberto o mercado para o milho argentino.

A disputa comercial entre EUA e China já havia beneficiado o Brasil em anos anteriores, consolidando o país como o maior fornecedor mundial de soja. As negociações para um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia também podem impulsionar as exportações sul-americanas. Produtores argentinos de sorgo também podem se beneficiar com a alta dos preços, devido à limitada oferta global.

Ivo Sarjanovic, ex-gerente de negociações da Cargill, ressalta que, caso as restrições comerciais persistam durante a colheita americana, a América do Sul terá uma nova oportunidade de fornecer grãos para a China e a Europa. Apesar da volatilidade dos preços, a tendência é que a demanda por produtos agrícolas mais baratos continue a crescer.

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