Prada adquire Versace por 1,25 bilhão de euros e reforça seu portfólio de luxo

A Prada anunciou a aquisição da Versace por 1,25 bilhão de euros (R$ 8,2 bilhões), em um movimento estratégico para diversificar seu portfólio e criar um concorrente italiano para os gigantes do luxo LVMH e Kering. A transação, que deve ser finalizada no segundo semestre de 2025, aguarda aprovação regulatória. A Versace, conhecida por seu estilo glamouroso, foi adquirida da Capri Holdings, que enfrenta dificuldades financeiras.

A aquisição representa uma nova fase para a Versace, que se junta ao portfólio da Prada, que já inclui marcas como Miu Miu e Luna Rossa. O CEO do Grupo Prada, Andrea Guerra, destacou que a Versace trará uma "nova dimensão" ao grupo, que busca fortalecer sua presença no mercado de luxo. A Versace, que já foi vista como um alvo de aquisição, tem um potencial significativo, embora enfrente desafios em um cenário de vendas em declínio.

O Grupo Prada, que reportou receitas de 5,4 bilhões de euros em 2024, tem se destacado em um mercado de luxo em crise. Em contraste, a Capri Holdings prevê uma queda nas receitas da Versace, que devem cair para US$ 810 milhões em seu atual ano fiscal. Para financiar a aquisição, a Prada planeja um empréstimo superior a 1 bilhão de euros.

A relação entre Miuccia Prada e Donatella Versace, que continua como embaixadora da marca, pode facilitar a integração das duas casas de moda. O novo diretor criativo da Versace, Dario Vitale, traz experiência da Miu Miu, onde trabalhou por quatorze anos. A aquisição da Versace pela Prada pode reescrever a narrativa de sucessos e desafios anteriores da marca, que já tentou expandir sua influência por meio de aquisições no passado.