11 de abr 2025
Tecnoshow Comigo destaca vendas de peças e manutenção em meio a desafios econômicos no setor agrícola
Vendas de máquinas agrícolas devem crescer na Tecnoshow Comigo, mas cautela predomina entre produtores devido a juros altos e incertezas econômicas.
Produtores Cidney Balduíno e Deyvson Balduíno visitaram a feira de Rio Verde (GO) (Foto: André Passos)
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As vendas de peças, manutenção e reparos devem gerar resultados positivos para as empresas de máquinas agrícolas durante a 22ª edição da Tecnoshow Comigo, que ocorre em Rio Verde, Goiás. Apesar da boa safra na região, os altos juros e a dificuldade de acesso ao crédito têm desestimulado investimentos em novos equipamentos. O evento, que começou na segunda-feira, dia sete de abril, e se encerra amanhã, dia onze, atraiu produtores que, mesmo com a expectativa de uma safra promissora, estão cautelosos.
O produtor Cidney Balduíno expressou sua preocupação com os juros, que saltaram de nove vírgula cinco a dez por cento para quase dezoito por cento ao ano. Ele planeja utilizar os equipamentos atuais por mais um ano, priorizando reparos em vez de aquisições. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) projeta que o setor deve manter vendas semelhantes às de 2024, com leve crescimento ou estabilidade em 2025.
Vinicius Netto Rodrigues, gerente de máquinas usadas da New Holland, destacou que a busca por manutenção deve impulsionar as vendas na feira. Ele espera uma melhora de trinta por cento em relação ao ano passado, sendo vinte por cento desse total oriundos de vendas de peças e reformas. Apesar do desempenho positivo do agronegócio no Centro-Oeste, as condições econômicas ainda não favorecem um aumento significativo nas vendas de máquinas.
Produtores como Rogério Machado e Flávio José Dias de Oliveira relataram que, mesmo com boas expectativas de produção, a alta dos juros e os preços das máquinas os levam a adiar investimentos. O presidente-executivo da Comigo, Dourivan Cruvinel, recomenda cautela nas compras, enfatizando que apenas aqueles que realmente necessitam devem investir. A situação reflete a cautela do setor, que aguarda decisões políticas que possam impactar o mercado nos próximos meses.
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