14 de abr 2025
Gastos do Tesouro caem em 2024, mas dívida e déficit fiscal continuam a crescer
Gastos do Tesouro caem em 2024, mas Brasil enfrenta déficits e dívida crescente, levantando preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do governo Lula.
Despesas contratadas para o futuro tornam o cenário mais turvo à frente e deixam investidores receosos sobre a sustentabilidade da política fiscal do governo Lula. (Foto: WILTON JUNIOR)
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Os gastos do Tesouro Nacional diminuíram em 2024, mas as contas públicas continuam deficitárias. O déficit primário foi de 0,4% do PIB, enquanto o déficit nominal alcançou 8,45% do PIB. A dívida bruta subiu para 76,1% do PIB, gerando preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do governo Lula.
Embora os gastos tenham caído de 19,5% para 18,7% do PIB, essa redução é vista com cautela. Cerca de 95% do Orçamento está comprometido com despesas obrigatórias, e a arrecadação deve desacelerar devido à economia fraca. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, destaca que o cenário futuro é preocupante.
A análise dos dados revela distorções desde 2022, quando o calote dos precatórios reduziu artificialmente as despesas. Em 2023, os gastos aumentaram devido ao pagamento de precatórios e à ampliação do Bolsa Família. A queda em 2024, portanto, ocorre sobre uma base elevada, dificultando a interpretação dos números.
Além disso, o governo antecipou pagamentos de R$ 32 bilhões em precatórios para 2023, o que impactou os resultados fiscais. A falta de um plano consistente para cortar despesas e a crescente desconfiança do mercado aumentam a pressão sobre a política fiscal. Economistas alertam que o próximo presidente, que assumirá em 2027, precisará implementar novas medidas para enfrentar esses desafios.
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