14 de abr 2025
Guerra comercial entre China e Estados Unidos desafia o valor das marcas de luxo
A guerra comercial entre China e Estados Unidos provoca uma nova dinâmica no mercado de luxo, com fabricantes chineses desafiando a exclusividade das grifes.
Bolsas originais Hermès Birkin (Foto: Cindy Ord/Getty Images)
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A guerra comercial entre China e Estados Unidos está mudando a percepção sobre marcas de luxo. Fabricantes chineses têm divulgado vídeos mostrando a produção de bolsas semelhantes às de grifes renomadas, como Hermès e Chanel, a preços muito mais baixos. Enquanto uma bolsa Birkin pode custar mais de US$ 35 mil (aproximadamente R$ 205 mil), os chineses afirmam que a mesma peça poderia ser feita por cerca de US$ 1.400 (mais de R$ 8 mil).
Esses vídeos, que viralizaram em plataformas como TikTok e X (antigo Twitter), mostram os bastidores da produção e detalham os materiais e técnicas utilizadas. Os fabricantes oferecem versões "sem logo" diretamente ao consumidor, desafiando a ideia de que o valor das marcas de luxo está apenas na qualidade. A estratégia é uma resposta às tarifas impostas pelos EUA e à busca por reverter a imagem de baixa qualidade associada ao "Made in China".
O empresário Sen Bags é um dos rostos dessa ofensiva, mostrando fábricas e comparando materiais. Ele afirma que os produtos são feitos com os mesmos materiais e mão de obra, mas sem a marca. Essa abordagem tem gerado discussões sobre o que realmente define o valor de um produto de luxo, com usuários questionando a diferença entre qualidade e grife.
Marcas como Hermès defendem que seus altos preços refletem artesanato e tradição, mantendo a produção na França. A empresa nega terceirização para fábricas chinesas e destaca a rastreabilidade de seus produtos. Contudo, a especulação sobre a existência de fabricantes que produzem para diversas marcas levanta questões sobre a transparência na indústria do luxo.
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