Goldman Sachs rebaixa Target e aponta riscos de tarifas e recessão para o varejo

Goldman Sachs rebaixou a classificação da Target de "compra" para "neutro" e reduziu o preço-alvo de $ 142 para $ 101. A decisão foi motivada por incertezas em torno das tarifas de Donald Trump e uma possível queda no gasto discricionário dos consumidores, que podem impactar a empresa.

A análise da Goldman Sachs destaca que a incerteza sobre tarifas e a inflação estão afetando o sentimento do consumidor. A analista Kate McShane afirmou que a recuperação nas categorias de gastos discricionários deve ser adiada, com sinais de queda nas vendas já observados no primeiro trimestre.

A Target, que tem cerca de 53% de seu mix de produtos em categorias discricionárias, pode enfrentar um impacto maior em comparação a concorrentes como Costco e Walmart. McShane também alertou para riscos de queda nos lucros, estimando que a empresa precisaria aumentar os preços entre 1% e 11% para manter a rentabilidade.

Após o rebaixamento, as ações da Target caíram mais de 1% no pré-mercado. Apesar da perspectiva negativa, a maioria dos analistas mantém uma posição neutra, com 24 dos 40 analistas recomendando a manutenção das ações, enquanto o consenso aponta para um potencial de valorização de cerca de 40% a partir do novo preço-alvo.