Investidores em imóveis para locação em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro alcançam rentabilidade média de 19,1% em 2024

Investimento em imóveis para locação rende até 26,6% ao ano em 2024

Investidores que aplicaram em imóveis para aluguel em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro obtiveram um rendimento médio de 19,1% em 2024, segundo estudo da FGV IBRE em parceria com o QuintoAndar. A alta considera a soma do rendimento do aluguel e a valorização dos imóveis.

A rentabilidade média nacional foi de 6,2% no ano passado, inferior ao desempenho das três grandes capitais. O aumento dos preços de aluguel acompanha o cenário de crédito mais caro e a crescente demanda por moradia no país.

Belo Horizonte lidera a valorização

A capital mineira se destacou com a maior rentabilidade, atingindo 26,6% ao ano. A valorização dos imóveis na cidade foi de 20,9%, impulsionada pela procura e pela economia local. Em São Paulo, a rentabilidade foi de 17,2%, enquanto no Rio de Janeiro ficou em 12,9%.

André Braz, economista da FGV Ibre, explica que a alta da Selic influencia a decisão dos consumidores. “As famílias procuram não se endividar a longo prazo e optam por alugar, o que eleva a rentabilidade do aluguel”, afirma.

Bairros com maior potencial de lucro

O estudo aponta que o Centro de Belo Horizonte lidera a rentabilidade, com 36,6% ao ano. Outros bairros da capital mineira, como Santa Terezinha e Bandeirantes, também apresentaram retornos acima de 30%. Em São Paulo, Jardim São Luís e Sapopemba se destacaram, com rentabilidades superiores a 23%. No Rio, a Penha registrou 20,5%.

A pesquisa considera contratos efetivamente fechados, o que garante maior precisão dos dados. No entanto, a rentabilidade é bruta e não inclui custos como vacância, manutenção e impostos.

Cenário econômico favorece o mercado de aluguel

Analistas apontam que o cenário econômico atual é mais favorável para o aumento dos aluguéis do que para a compra e venda de imóveis, devido ao encarecimento do financiamento imobiliário. Pedro Ros, CEO da Referência Capital, destaca que a alta da Selic pressiona os financiamentos e aumenta a busca por aluguel.