Economia

Dinheiro físico ainda é essencial, afirma CEO da G+D em meio à ascensão do Pix no Brasil

Dinheiro físico ainda é essencial, mesmo com a ascensão dos pagamentos digitais. Especialistas alertam para sua importância em crises e desastres.

Pagamento de conta em dinheiro em restaurante de Las Vegas, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)

Pagamento de conta em dinheiro em restaurante de Las Vegas, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução)

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Executivo da G+D defende a importância do dinheiro físico em meio ao avanço do Pix

Wolfram Seindemann, CEO de Tecnologia da Moeda da alemã G+D, questiona a ideia de que o dinheiro está fadado a desaparecer, mesmo com o crescimento de meios de pagamento eletrônicos como o Pix no Brasil. Ele ressalta que o dinheiro físico continua relevante em momentos de crise e desastres.

O executivo cita o exemplo da Suécia, onde a diminuição do uso de dinheiro levou o governo a recomendar que a população carregasse notas e moedas em caso de conflitos, como a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia. A medida visa garantir opções de pagamento em situações de falha nos sistemas digitais.

Empresas do setor de produção de moeda, como a britânica De La Rue, registram queda nas receitas com a diminuição do uso de dinheiro, mas investem em soluções eletrônicas e fazem lobby pela manutenção do dinheiro físico. A De La Rue teve uma queda de 18,7% em suas receitas de moedas em 2024, em comparação com o ano anterior.

Pesquisa do FGVCemif aponta que 60% dos brasileiros são usuários ativos do Pix, e o Banco Central informa que 76,4% da população utilizou o sistema em 2024. Apesar disso, o volume de notas em circulação no país atingiu 7,5 bilhões de unidades em dezembro do ano passado.

Especialistas como Mehul Desai, da Universidade de Chicago, defendem que a prioridade deve ser o desenvolvimento de uma infraestrutura robusta para transações eletrônicas, sem eliminar completamente o dinheiro físico. A ICA (Associação Internacional de Moeda) ressalta que 1,4 bilhão de pessoas no mundo não possuem conta bancária e 5 bilhões não têm acesso à internet de qualidade.

A indústria da moeda argumenta que o dinheiro físico é essencial para a preparação em emergências, como desastres naturais e instabilidade política, e que restrições ao seu uso prejudicam grupos mais vulneráveis da sociedade.

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