Grifes de luxo buscam inovação com experiências gastronômicas para atrair a geração Z

Crise nas grifes de luxo: geração Z busca simplicidade e marcas investem em gastronomia

Em 2024, aproximadamente 50 milhões de consumidores abandonaram marcas de luxo como Louis Vuitton e Gucci, refletindo uma mudança de comportamento da geração Z, que prioriza a simplicidade e a sustentabilidade. A pesquisa é da consultoria americana Bain & Company.

O mercado de luxo ainda apresenta um faturamento expressivo, atingindo 9,4 trilhões de reais no ano passado, mas registra queda nos últimos doze meses. As guerras e as flutuações cambiais também impactam as importações e exportações.

Estratégia de adaptação

Diante desse cenário, as grifes estão investindo em experiências gastronômicas para atrair o público jovem. A tendência global é incorporar cafés e restaurantes às marcas, buscando fortalecer a comunicação e a lembrança da qualidade.

A Louis Vuitton, por exemplo, inaugurou o Le Café V em Osaka, no Japão, com longas filas de espera. A marca também possui endereços similares em Nova York e Bangcoc, com pratos sofisticados como o croque-monsieur com trufas negras.

Expansão da gastronomia de luxo

A Ralph Lauren expandiu o Ralph’s Coffee para diversos continentes, incluindo um espaço no shopping CentralWorld, em Bangcoc. Já a Dior abriu um restaurante em sua loja parisiense, na Avenue Montaigne, oferecendo pratos como a sopa La Colle Noire e o ovo à Christian Dior.

Aposta no paladar

A estratégia de criar vínculos através da gastronomia tem se mostrado eficaz. “O paladar não pode ser falsificado”, afirma João Braga, professor de moda da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).

No Brasil, a Tiffany & Co. experimentou a tendência com o Blue Box Café no Shopping Iguatemi, oferecendo o Breakfast at Tiffany’s, com destaque para a massa de mil-folhas e as madeleines.