Economia

O mercado de luxo enfrenta crise e marcas de médio porte se destacam na recuperação

Setor de luxo enfrenta crise com queda nas vendas de marcas como LVMH e Kering, enquanto marcas de médio porte prosperam.

Vista exterior do hotel que Louis Vuitton tem nos Campos Elíseos de Paris (França), em uma imagem de dezembro de 2023. (Foto: Julien de Rosa (AFP / GETTY IMAGES))

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O setor de luxo enfrenta um momento de insegurança pela primeira vez em décadas, após um crescimento acelerado impulsionado pela demanda na China e pela pandemia. As vendas de marcas como LVMH e Kering decepcionaram, enquanto marcas de nível médio, como Coach e Ralph Lauren, se destacam ao oferecer produtos de qualidade a preços mais acessíveis.

A consultoria Bain Company revelou que o número de consumidores de luxo caiu de quatrocentos milhões em 2022 para trezentos e cinquenta milhões em 2024. O gasto total no setor também recuou, atingindo 1,5 trilhão de euros, uma queda de 1% em relação ao ano anterior. As previsões para 2025 indicam uma possível queda nas vendas entre 2% e 5%.

A demanda por bens de luxo pessoais, como moda e joias, sofreu sua primeira contração em quinze anos, com um retrocesso de 2% em 2024. A geração Z, mais sensível a preços, tem contribuído para essa mudança, levando os consumidores a questionar o valor real dos produtos.

Mudanças no Comportamento do Consumidor

O cenário atual reflete uma polarização no mercado, onde os consumidores ultrarricos representam 40% do faturamento das grandes marcas, enquanto a classe média busca opções mais acessíveis. A inflação e a incerteza econômica, exacerbadas por tensões comerciais, impactaram a demanda, levando a uma queda no consumo na China, principal motor do crescimento.

Marcas como Hermès e Richemont, por outro lado, conseguiram manter um desempenho positivo, com crescimento de 10% e 15%, respectivamente. A estratégia de manter a exclusividade e a qualidade artesanal tem se mostrado eficaz em tempos de crise.

O Futuro do Setor de Luxo

Os especialistas preveem que o mercado de luxo pode alcançar 2,5 trilhões de euros até 2030, com um crescimento anual entre 5% e 9%. No entanto, a indústria deve se adaptar às novas demandas, focando em sustentabilidade e experiências em vez de produtos materiais. A busca por experiências exclusivas, como jantares em restaurantes renomados e viagens únicas, está se tornando cada vez mais popular entre os consumidores.

A democratização do luxo e a crescente insatisfação com a qualidade dos produtos também têm gerado um aumento no mercado de segunda mão, onde itens de luxo são vendidos a preços mais acessíveis. O setor de luxo enfrenta, assim, um desafio de reposicionamento e adaptação às novas realidades do consumo.

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