23 de abr 2025
Boeing busca novos compradores para jatos que não serão entregues à China
Boeing redireciona jatos 737 Max para novos clientes após China suspender entregas, enquanto CEO destaca recuperação financeira e produção.
Uma aeronave Boeing 737 Max do lado de fora da unidade de fabricação da Boeing (Foto: M. Scott Brauer/Bloomberg)
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A Boeing está redirecionando jatos 737 Max que seriam entregues à China para outros clientes, como a Air India. A decisão ocorre após a recusa da China em aceitar novas entregas devido a tarifas de 145% impostas pelo governo dos Estados Unidos. O CEO Kelly Ortberg confirmou a situação em entrevista à CNBC, destacando que a empresa não espera muito tempo para encontrar novos compradores.
A fabricante americana enfrenta incertezas quanto ao destino de cerca de 50 jatos programados para entrega ainda este ano. Ortberg afirmou que a Boeing está trabalhando ativamente com seus clientes e que, caso não haja interesse, as aeronaves serão recolocadas no mercado. A Air India já aceitou 41 jatos originalmente destinados a companhias aéreas chinesas e demonstrou interesse em mais unidades.
Resultados financeiros da Boeing superaram as expectativas, com uma perda ajustada por ação de 49 centavos, a menor em mais de um ano. A empresa também reportou um consumo de caixa livre de US$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre, melhor do que os US$ 3,4 bilhões previstos por analistas. As ações da Boeing subiram até 8,7% após a divulgação dos resultados.
Ortberg destacou que a Boeing está no caminho para aumentar a produção do 737 Max, com a meta de atingir 38 unidades mensais, podendo elevar esse número para 42 ainda em 2025. A empresa busca reverter o consumo de caixa e voltar a gerar fluxo positivo na segunda metade do ano. Apesar das dificuldades, a Boeing mantém uma carteira de pedidos robusta, estimada em meio trilhão de dólares, o que proporciona flexibilidade para enfrentar as tensões comerciais.
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