25 de abr 2025
Akio Toyoda propõe aquisição da Toyota Industries por R$ 42 bilhões para consolidar controle
Akio Toyoda propõe aquisição da Toyota Industries por R$ 6 trilhões, buscando consolidar controle em meio a desafios de governança.
Akio Toyoda propôs a aquisição da Toyota Industries, que fabrica teares para a indústria têxtil e peças para os carros da Toyota (Foto: Bridget Bennett/Bloomberg)
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O presidente do conselho da Toyota Motor, Akio Toyoda, propôs a aquisição da Toyota Industries por 6 trilhões de ienes (aproximadamente US$ 42 bilhões). A proposta visa consolidar seu controle sobre o conglomerado japonês em um cenário de crescente atividade de fusões e aquisições no país. A oferta representa um prêmio de cerca de 40% sobre a capitalização de mercado da Toyota Industries no fechamento da última sexta-feira, dia 25.
A Toyota Industries, que fabrica teares para a indústria têxtil e peças automotivas, formou um comitê especial para avaliar a proposta e contratou consultores para analisar sua viabilidade. Embora Toyoda seja presidente do conselho da Toyota Motor, sua participação direta na empresa é inferior a 1%, enquanto a Toyota Industries detém 9,1% da montadora. A aquisição poderia aumentar a influência de Toyoda sobre o grupo, que inclui fornecedores e participações em montadoras rivais.
Se concretizada, a aquisição figuraria entre as maiores já registradas globalmente. As negociações ainda estão em andamento e a proposta pode não seguir em sua forma atual. A Toyota Industries e a Toyota Motor não comentaram sobre o assunto. A proposta de Toyoda surge após o fracasso de uma tentativa de fechamento de capital da varejista Seven & i, que enfrentou dificuldades financeiras.
A liberalização dos fluxos de capital no Japão e a pressão por maior governança têm desafiado a relação tradicional entre a administração e os acionistas. Se a aquisição avançar, o financiamento incluirá investimento pessoal de Toyoda e empréstimos de grandes bancos japoneses, como o Mitsubishi UFJ Financial Group.
Akio Toyoda, que deixou o cargo de diretor executivo em 2023, continua a exercer grande influência na empresa. Nos últimos anos, seu apoio entre os acionistas diminuiu, com mais de 25% dos votos se opondo à sua recondução, em parte devido à gestão das certificações de segurança de veículos. Apesar disso, sua estratégia de manter motores híbridos ao lado de elétricos se mostrou eficaz, mantendo a Toyota como a maior vendedora de automóveis do mundo.
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