Apple avalia aumento de preços do iPhone diante de desafios econômicos e tarifários

A Apple enfrenta um cenário desafiador com a possibilidade de aumentar o preço do iPhone em até 20%, elevando o modelo básico para cerca de US$ 1.200. Essa mudança ocorre em meio a tarifas comerciais e ajustes na cadeia de suprimentos, incluindo a produção na Índia.

Analistas do Bank of America indicam que a disposição dos consumidores para pagar mais pode ajudar a Apple a manter sua lucratividade. O preço médio de venda de um iPhone nos Estados Unidos já ultrapassa US$ 1.100, enquanto o salário médio semanal é de US$ 1.194. Isso sugere que muitos consumidores ainda estão dispostos a investir em modelos de ponta.

Francisco Jeronimo, da IDC, afirma que a tolerância dos consumidores para preços mais altos é alta, especialmente para um produto considerado indispensável. O primeiro iPhone foi lançado em 2007 por US$ 499, e desde então os preços têm aumentado gradualmente, com o modelo básico do iPhone 15 Pro atualmente custando US$ 999.

As opções de financiamento são vistas como uma estratégia crucial para a Apple. Muitos consumidores já optam por pagamentos mensais em vez de compras à vista. A Apple oferece planos de financiamento de até 24 meses, o que pode suavizar o impacto de um aumento de preço.

Ciclos de atualização também são relevantes. Uma pesquisa recente revelou que 36% dos consumidores substituíram seus aparelhos com mais de três anos de uso. Isso indica que a Apple pode continuar a atrair clientes dispostos a pagar mais por novos modelos, especialmente se oferecer inovações significativas.

A empresa deve gerenciar cuidadosamente sua cadeia de suprimentos e as margens de lucro, especialmente com a incerteza em relação às tarifas comerciais. O CEO Tim Cook enfrenta um cenário complexo, onde a Apple precisa equilibrar preços e demanda enquanto se prepara para lançar novos modelos de iPhone.