Temu e Shein aumentam preços nos EUA após tarifas de Donald Trump sobre importações

O e-tailer chinês Temu começou a aplicar taxas de importação de até 150% em seus produtos vendidos nos Estados Unidos. A medida, que entrou em vigor no final de semana, é uma resposta às tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, que afetam muitos produtos importados da China. Essas taxas podem dobrar o preço de itens, como um vestido que custava R$ 18,47 e agora chega a R$ 44,68 após a adição de R$ 26,21 em encargos.

A Shein, concorrente de Temu, também aumentou seus preços, mas não implementou taxas adicionais. A empresa informa que os tarifas estão incluídas no preço final, evitando cobranças extras na entrega. Ambas as empresas já haviam sinalizado que os preços aumentariam após a decisão do governo dos EUA de encerrar a isenção de tarifas para pacotes abaixo de R$ 800.

Temu, que se destacou no mercado americano desde seu lançamento em 2022, agora enfrenta desafios com a elevação de preços, que pode afastar consumidores que buscavam produtos a preços acessíveis. A empresa, que pertence ao conglomerado PDD Holdings, viu sua popularidade crescer por meio de campanhas publicitárias que prometiam compras a preços de "bilionário".

A nova estrutura de preços pode alinhar Temu a concorrentes como Amazon, Walmart e Target, mas com prazos de entrega que podem ultrapassar uma semana. A empresa também tem reduzido seus gastos com publicidade nos EUA, refletindo a queda em sua popularidade, com seu aplicativo caindo de posições de destaque nas lojas digitais.

Consumidores expressaram descontentamento em fóruns online, com muitos reclamando do aumento abrupto nos preços. A situação se agrava com a expectativa de que as tarifas postais também aumentem, impactando ainda mais o custo final dos produtos.