30 de abr 2025
Igor Calvet assume presidência da Anfavea e destaca desafios do setor automotivo brasileiro
Igor Calvet assume a Anfavea em meio à disputa entre montadoras brasileiras e chinesas, priorizando tecnologia e redução de custos.
Presidente da Anfavea diz temer efeitos de uma atuação de montadoras instaladas no México em direção à América Latina (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)
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Igor Calvet assumiu a presidência da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em um cenário de crescente competição com montadoras chinesas. A posse ocorreu na noite de terça-feira, 15, e Calvet destacou a importância de políticas públicas para fortalecer a indústria local.
Calvet, que é o primeiro presidente da Anfavea sem vínculos diretos com o setor automotivo, enfatizou três prioridades: tecnologia, atração de empresas estrangeiras e redução de custos. Ele acredita que a guerra comercial entre Estados Unidos e China aumentará a demanda por um desenvolvimento mais robusto do setor automobilístico no Brasil.
O novo presidente criticou a proposta da BYD e outras montadoras chinesas de reduzir tarifas de importação de veículos elétricos, argumentando que isso representa uma afronta ao setor local. "Fazer um pedido desses é um desrespeito ao Estado brasileiro", afirmou Calvet, que teme que a proposta avance na Câmara de Comércio Exterior (Camex).
Calvet também abordou a questão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Verde, que visa tributar veículos com base em critérios de eficiência energética. Ele expressou preocupação com o aumento da carga tributária e a necessidade de um equilíbrio nas novas legislações que afetam o setor.
O presidente da Anfavea destacou a importância de reduzir custos logísticos e melhorar a infraestrutura para aumentar a competitividade. Ele mencionou que o Brasil, atualmente, é o país mais aberto em termos de tarifas de importação, o que pode prejudicar a indústria local diante da entrada massiva de veículos chineses.
Calvet concluiu que a indústria automotiva brasileira deve se adaptar às novas realidades do mercado global, buscando fortalecer sua posição na América Latina e aumentar a preferência tarifária em acordos comerciais.
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