06 de mai 2025
Prisa garante refinanciamento de dívida após decisão favorável da Justiça em Madrid
Prisa avança com refinanciamento após decisão judicial que rejeitou medidas cautelares, garantindo estabilidade financeira até 2029.
Logo do grupo Prisa em sua sede da Gran Vía em Madrid. (Foto: Claudio Alvarez)
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O Juzgado de lo Mercantil número 18 de Madrid rejeitou a solicitação de medidas cautelares contra o acordo de refinanciamento da Prisa, editora de EL PAÍS, com os credores PIMCO e Barclays. A decisão, datada de segunda-feira, considera que não há risco suficiente para interromper a operação.
O juiz Lucía Martínez Orejas desconsiderou os argumentos apresentados por Andrés Varela e a Global Alconaba, que detém 7,076% do capital da Prisa. A Global Alconaba havia pedido a suspensão urgente do acordo, mas o tribunal já havia negado um pedido similar no início de abril.
A magistrada afirmou que a refinanciamento é uma necessidade razoável da empresa e que as alegações de risco de demora processual não são suficientes para justificar a paralisação do acordo. O tribunal também destacou que o conselho de administração da Prisa foi informado sobre as negociações e o acordo com os credores antes da sua formalização.
Detalhes do Acordo
O acordo de refinanciamento, que deve ser finalizado em breve, estenderá os vencimentos da dívida até 2029 e reduzirá os custos financeiros da Prisa. A empresa também completou uma ampliação de capital de 9,95% em 26 de março, visando captar 40 milhões de euros para cancelar parte da dívida junior, uma condição exigida pelos credores.
A dívida líquida da Prisa, em 31 de março, estava em 664 milhões de euros, o menor nível em duas décadas. O tribunal considerou que as cláusulas do acordo são garantias para manter a atual linha de gestão da empresa, afastando a possibilidade de conflito de interesse por parte do presidente Joseph Oughourlian.
A decisão do tribunal pode ser contestada por meio de recurso de apelação.
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