EUA aumentam importação de carne brasileira em meio a tarifas de Donald Trump

Os Estados Unidos impuseram tarifas de 10% sobre produtos brasileiros, gerando tensões comerciais que impactam o mercado de carne bovina. Com o aumento dos preços, frigoríficos americanos começaram a estocar carne brasileira, especialmente após a revogação de licenças de exportação de 390 empresas dos EUA pela China.

A estratégia dos frigoríficos dos EUA é uma resposta às dificuldades comerciais provocadas pelas políticas do presidente Donald Trump. Em 2024, os EUA importaram cerca de 229 mil toneladas de carne bovina do Brasil, principalmente para a produção de hambúrgueres. O aumento na demanda internacional, especialmente da China, elevou os preços da carne brasileira em 20% desde abril.

O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, destacou que o Brasil, como maior exportador de carne bovina do mundo, está em uma posição vantajosa. "Alguém vai precisar fornecer essa carne", afirmou. A revogação das licenças de exportação dos EUA abre espaço para que o Brasil preencha essa lacuna.

Impacto nos Frigoríficos Americanos

Os frigoríficos dos EUA estão preocupados com as tarifas e a alta nos preços. O empresário Kent Sander, dono de uma rede de alimentos, mencionou que começou a substituir parte da carne bovina por carne suína em seus produtos. Essa mudança visa oferecer opções mais acessíveis aos consumidores.

Enquanto isso, a situação continua a evoluir. O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, Roberto Perosa, afirmou que o momento é favorável ao Brasil. "O mundo está de portas abertas para a carne brasileira", disse. A disputa comercial entre os dois países segue em monitoramento, com frigoríficos atentos aos desdobramentos.