Economia

B3 inicia avaliação de diversidade nas lideranças das empresas listadas na Bolsa

B3 exige que empresas listadas incluam mulheres ou representantes de grupos minorizados em cargos de liderança a partir deste mês.

Menos de 20% das empresas do Ibovespa têm equilíbrio de gênero em cargos de liderança, diz pesquisa (Foto: Catarina Pignato/Folhapress)

Menos de 20% das empresas do Ibovespa têm equilíbrio de gênero em cargos de liderança, diz pesquisa (Foto: Catarina Pignato/Folhapress)

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A partir deste mês, as empresas listadas na B3 devem seguir novas diretrizes do Anexo ASG, que visam aumentar a diversidade em suas lideranças. A medida, aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), exige a eleição de pelo menos uma mulher ou um representante de grupo minorizado para cargos de liderança.

As empresas devem adotar o modelo "pratique ou explique", que as obriga a informar se cumprem as exigências ou justificar a ausência de ações. Essa informação deve ser apresentada no Formulário de Referência, documento que as companhias de capital aberto divulgam anualmente. A meta principal deste ano é garantir a presença de uma mulher ou de um representante de grupo sub-representado no conselho de administração ou na diretoria estatutária.

Cenário Atual

Dados recentes mostram que menos de 20% das empresas do Ibovespa têm equilíbrio de gênero em cargos de liderança. Uma pesquisa revelou que 56% das companhias não possuem mulheres na diretoria estatutária, enquanto 37% não têm presença feminina no conselho de administração. A sub-representação racial também é alarmante: 98,6% das empresas não têm diretores estatutários pretos e 87,7% não contam com diretores pardos.

Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black, destaca que a mudança requer intencionalidade. "É necessário estabelecer metas claras e métricas de acompanhamento para equilibrar os números", afirma. A especialista ressalta que a inclusão de mulheres negras em posições de liderança ainda enfrenta barreiras significativas.

Diretrizes e Metas

Além da diversidade de gênero, o Anexo ASG estabelece que as empresas incluam metas socioambientais nas políticas de remuneração variável de seus executivos. As políticas de indicação de executivos também devem considerar critérios de diversidade. Embora as novas diretrizes não sejam obrigatórias, a falta de adoção deve ser justificada publicamente.

Até 31 de maio do próximo ano, as empresas devem confirmar a eleição de uma mulher e de um representante de grupo sub-representado. A implementação dessas diretrizes é vista como um passo importante para promover a inclusão e a diversidade nas lideranças corporativas brasileiras.

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