13 de mai 2025
Família Dubrule desiste de oferta para retomar controle da Mobly após rejeição
Família Dubrule desiste de OPA pela Mobly e critica administração, enquanto empresa busca converter dívidas em ações no Grupo Toky.
Loja da Tok&Stok na zona oeste de São Paulo (Foto: Felipe Gabriel/Projetor/Folhapress)
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A família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, desistiu da oferta pública de ações (OPA) para retomar o controle da Mobly, conforme comunicado divulgado na segunda-feira (12). A proposta, apresentada em março, visava adquirir mais de 61 milhões de ações ordinárias, mas foi considerada inviável pela administração da Mobly.
Os Dubrules criticaram a gestão da Mobly, alegando que houve um "estratagema vil e irresponsável" para sabotar a oferta e manter o controle da empresa. A Mobly, que possui dívidas superiores a R$ 600 milhões e não lucra desde o IPO em 2021, está em negociações com bancos para converter essas dívidas em participação acionária no novo Grupo Toky, formado pela fusão com a Tok&Stok.
Em agosto de 2024, a Mobly anunciou um aumento de capital e incorporou a participação de 60,1% da Tok&Stok, que foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A fusão visava criar uma plataforma integrada para melhorar a saúde financeira das empresas, que enfrentam um cenário de dívidas e pressão financeira.
Os Dubrules, que fundaram a Tok&Stok em 1978, mencionaram que a manutenção da cláusula de poison pill no estatuto do Grupo Toky inviabilizou a OPA, pois exigiria que a oferta fosse estendida a todos os acionistas minoritários, resultando em um pagamento considerado exorbitante. A família busca alternativas para garantir a continuidade operacional da Mobly e a substituição da atual administração.
A Mobly, que fechou a R$ 0,99 na bolsa, enfrenta um cenário desafiador, com um valor de mercado de R$ 120,3 milhões. A disputa pelo controle da empresa continua, refletindo a complexidade do setor de móveis e decoração no Brasil.
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