Ser Educacional registra crescimento de 20% na receita e ações disparam 23,55%

As ações da Ser Educacional (SEER3) subiram 23,55%, alcançando R$ 8,76, após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025. A empresa reportou um crescimento de 20% na receita líquida, totalizando R$ 540 milhões, e um lucro líquido ajustado de R$ 52 milhões, revertendo prejuízos anteriores.

O desempenho financeiro superou as expectativas do mercado, atraindo a atenção de analistas do Santander e do Morgan Stanley. O Santander observou um aumento de 6% na base de alunos em relação ao primeiro trimestre de 2024, destacando o ensino híbrido de graduação, que cresceu 15%. A taxa de evasão caiu 240 pontos-base, enquanto o tíquete médio subiu 13%, impulsionado principalmente pelos cursos de medicina.

Análise dos Resultados

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 640 pontos-base, atingindo 26,6%. A dívida líquida da Ser Educacional foi reduzida em 8%, totalizando R$ 662,7 milhões, com a alavancagem caindo para 1,35 vez o Ebitda. Apesar do avanço, o Santander manteve recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 6.

Por outro lado, o Morgan Stanley classificou os resultados como os melhores da história da Ser. A corretora destacou um crescimento de 53% na receita de medicina, impulsionado pela abertura de 480 novas vagas e um aumento de 20% no preço médio. O Ebitda ajustado cresceu 58% em relação ao ano anterior, superando as projeções da instituição.

Perspectivas Futuras

Os analistas do Morgan Stanley veem a Ser Educacional iniciando um novo ciclo de crescimento, com margens mais elevadas. No entanto, mencionaram riscos, como a possível evasão após o pico de captação e a suspensão de 120 vagas de medicina aguardando credenciamento do Ministério da Educação (MEC). Apesar disso, a concentração no setor de medicina é vista como vantajosa, dada a potencial geração de caixa.

Com a valorização das ações, a Ser Educacional se aproxima do preço-alvo do Morgan Stanley. O mercado permanece seletivo, com três das sete casas que cobrem o ativo recomendando compra e quatro sugerindo manutenção. A próxima etapa será observar a consolidação dessa trajetória nos próximos trimestres.