Avenida Rebouças se transforma em polo de tecnologia com novos escritórios e empresas renomadas

A Avenida Rebouças, em São Paulo, se transforma em um polo corporativo com a chegada da Amazon ao Biosquare, um novo edifício em construção. Com previsão de inauguração para 2026, o projeto terá 25 andares e lajes de até 2,6 mil m². A mudança da gigante do e-commerce marca a consolidação da região, que já abriga empresas como Netflix e QI Tech.

Desde 2016, a Avenida Rebouças passou por um processo de valorização imobiliária, impulsionado pela alteração no Plano Diretor da cidade. A área, que antes era dominada por casas antigas, agora é repleta de prédios de escritórios. Dados da consultoria CBRE indicam que a região é a segunda mais cara da cidade para lajes corporativas, com preços que superam R$ 200,00 por metro quadrado.

A demanda por espaços de alto padrão aumentou, especialmente após o retorno ao trabalho presencial. A taxa de vacância em prédios Triple A caiu 5,7 pontos percentuais em um ano, refletindo a busca por locais bem localizados e com infraestrutura adequada. O diretor de locação da CBRE, Felipe Giuliano, destaca que a proximidade com a Faria Lima e a oferta de transporte público são fatores atrativos.

O Projeto Biosquare

O Biosquare é um projeto da G.D8 Incorporadora em parceria com o fundo Kinea Investimentos. Após oito anos de negociações para aquisição de terrenos, o edifício se destaca por sua altura e lajes amplas. A Amazon ocupará do sétimo ao 25º andar, totalizando 39,2 mil m², um aumento significativo em relação ao espaço atual.

Além da Amazon, a Netflix também está se mudando para a região, buscando um espaço maior. A infraestrutura da Avenida Rebouças, com três estações de metrô e uma variedade de estabelecimentos comerciais, contribui para a valorização do local. O CEO da G.D8, Daniel Ribeiro, acredita que a localização e a proposta de lajes maiores são diferenciais que atraem empresas.

A expectativa é que a valorização continue, com a previsão de aumento de 25% no estoque de lajes corporativas até 2027. O desenvolvimento da região, no entanto, traz desafios, como o aumento do tráfego e a necessidade de equilibrar a expansão com a qualidade de vida urbana.