20 de mai 2025
Escândalo financeiro no Uruguai envolve US$ 350 milhões em vacas fantasmas
Escândalo financeiro no Uruguai revela que mais de 700 mil vacas da Conexión Ganadera podem ser "fantasmas"; rombo chega a US$ 350 milhões.
Escândalo do gado causou prejuízo de quase R$ 2 bilhões em investidores no Uruguai (Foto: Pexels)
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Um dos maiores escândalos financeiros do Uruguai envolve a empresa Conexión Ganadera, que prometeu investimentos em gado a milhares de investidores, resultando em um rombo de US$ 350 milhões. A investigação revelou que mais de 700 mil vacas alegadamente administradas pela empresa podem ser "fantasmas". O caso envolve três empresas e mais de seis mil investidores.
A Conexión Ganadera atraía pequenos e médios investidores com promessas de retornos fixos em dólares. Os investidores compravam vacas, que seriam criadas e vendidas com lucro. A contadora Sandra Palleiro, de 60 anos, é uma das vítimas. Ela viajou 600 quilômetros de Montevidéu em busca de 61 cabeças de gado que, segundo documentos, pertenciam a ela. Sua busca terminou em frustração, pois poucos números de identificação batiam.
Em novembro de 2023, o empresário Gustavo Basso, um dos sócios da Conexión Ganadera, morreu em um acidente de carro, considerado suicídio. Após isso, começaram os atrasos nos pagamentos aos investidores. Em janeiro, a empresa admitiu um rombo de cerca de US$ 250 milhões. Um levantamento judicial revelou que apenas 70 a 80 mil das 804.604 vacas alegadamente administradas poderiam ser localizadas.
Investigação em Andamento
Três empresas estão sob investigação: Conexión Ganadera, República Ganadera e Grupo Larrarte. O executivo da Larrarte, Jairo Larrarte, está preso preventivamente, acusado de apropriação indevida e fraude. A República Ganadera tentou falência, mas o pedido foi negado pela Justiça, que abriu investigação criminal.
Os sócios da Conexión Ganadera, Pablo Carrasco, sua esposa Ana Iewdiukow e a viúva de Basso, Daniela Cabral, estão sendo investigados por fraude. Todos tiveram os passaportes apreendidos e estão proibidos de deixar o país. Enquanto isso, vítimas como Sandra Palleiro, que investiu suas economias, continuam buscando respostas e justiça.
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