Target enfrenta desafios e é rebaixada por analistas após resultados decepcionantes

Target enfrenta um cenário desafiador, com quedas nas vendas e pressões tarifárias que resultaram em uma revisão negativa de suas previsões financeiras. A empresa, que já havia enfrentado críticas por suas iniciativas de diversidade, viu suas ações rebaixadas por analistas, incluindo Robert Ohmes, do Bank of America.

Ohmes rebaixou a classificação das ações da Target de compra para neutro e reduziu seu preço-alvo em R$ 40, para R$ 105. A nova meta sugere um potencial de valorização de 12,9%, embora as ações tenham caído 31% neste ano. A empresa cortou sua previsão de vendas para o ano, citando incertezas do consumidor e a pressão de tarifas como fatores que impactaram seus resultados do primeiro trimestre.

O CEO da Target, Brian Cornell, destacou a queda da confiança do consumidor e a incerteza em torno das tarifas como problemas enfrentados pela rede. A empresa reportou resultados do primeiro trimestre que ficaram abaixo das expectativas, o que pode indicar que os consumidores estão começando a reduzir seus gastos. Dados recentes da JPMorgan mostram uma desaceleração nos gastos, com dias em que o consumo ficou 15 pontos base abaixo da média do ano até agora.

Desempenho e Perspectivas

Analistas observam que, apesar da pressão nas vendas, a Target continua a ver um crescimento digital robusto e colaborações de marca, como a parceria com a Kate Spade. No entanto, a expectativa é de que a pressão sobre as margens continue, especialmente no segundo trimestre fiscal, devido a descontos e tarifas.

A Target também enfrenta desafios específicos, com analistas apontando que a empresa tem subdesempenhado em comparação a concorrentes como o Walmart. A pressão sobre as margens deve persistir, e a empresa ajustou suas previsões de lucro para 2026, prevendo uma pressão contínua nas margens.

Com um cenário econômico incerto, a Target pode precisar de mais tempo para se recuperar, enquanto os consumidores se tornam mais cautelosos em seus gastos. A situação atual levanta preocupações sobre a saúde do consumidor nos Estados Unidos e se o mercado está precificando adequadamente os riscos associados a essas incertezas.