23 de mai 2025
Bernard Arnault pede à União Europeia uma postura mais construtiva nas negociações com os EUA
Arnault pede à UE uma postura mais flexível nas negociações com os EUA, alertando sobre os riscos das tarifas ao setor de conhaque.
Foto: Reprodução
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O CEO da LVMH, Bernard Arnault, criticou a postura da União Europeia nas negociações comerciais com os Estados Unidos durante uma audiência no Parlamento francês, na quarta-feira (21). Ele enfatizou a necessidade de um acordo que evite tarifas e proteja empregos europeus. Arnault afirmou que os diálogos devem ser conduzidos com concessões recíprocas para serem bem-sucedidos.
O executivo expressou preocupação com o andamento das negociações, afirmando que “as coisas me parecem ter começado relativamente mal.” Ele fez essa declaração antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, sugerir uma tarifa fixa de 50% sobre produtos da UE, após reclamar da estagnação nas conversas comerciais. Arnault destacou que os negócios de conhaque e vinho estão sendo severamente impactados pelas tensões comerciais.
A Necessidade de Acordos
Arnault comparou a situação da UE com a do Reino Unido, que conseguiu firmar um acordo comercial rapidamente. “Os Estados Unidos são o maior mercado do mundo, e é muito importante para a Europa chegar a um acordo com os EUA,” disse. Ele ressaltou que a LVMH, que representa 25% de suas vendas anuais, depende fortemente do mercado americano.
As tarifas impostas por Trump, que incluem uma alíquota de 20% sobre produtos europeus, foram reduzidas pela metade para abrir espaço para negociações. Arnault alertou que um fechamento dos mercados chinês e americano ao conhaque poderia ter um impacto “catastrófico” na economia europeia, resultando na perda de milhares de empregos.
Impactos no Setor de Luxo
O setor de conhaque francês, que emprega cerca de 80 mil pessoas, é um dos mais afetados. Arnault enfatizou a urgência de um acordo, afirmando que “precisamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance” para evitar consequências negativas. Ele também mencionou que a LVMH está avaliando formas de aumentar sua presença industrial nos EUA, embora a maior parte de sua produção permaneça na Europa.
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