22 de mai 2025
Nestlé busca revitalizar negócios principais após críticas à gestão anterior
Laurent Freixe, novo CEO da Nestlé, critica a diversificação anterior e foca na revitalização do core, com cortes de custos e reestruturação.
Laurent Freixe, atual CEO e então presidente da Nestlé para as Américas, durante entrevista à Folha, em Brasília (DF) (Foto: André Coelho - 16.mar.2018/Folhapress)
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O CEO da Nestlé, Laurent Freixe, criticou a estratégia de diversificação de seu antecessor, Mark Schneider, afirmando que ela "enfraqueceu a estrutura da empresa". Em entrevista ao Financial Times, Freixe destacou que o foco em novas categorias, como suplementos alimentares, negligenciou os pilares do negócio, como café e alimentos para pets. Ele assumiu o cargo em agosto de 2022 e agora busca revitalizar o core da companhia.
Freixe descartou grandes aquisições ou vendas de ativos como soluções para o crescimento. Ele enfatizou que a perda de participação no core não é uma estratégia vencedora. Desde sua chegada, promoveu uma recentralização das operações, trazendo líderes regionais de volta à sede em Vevey, na Suíça. O crescimento orgânico da Nestlé caiu para 2,2% em 2023, comparado a 7,2% no ano anterior, enquanto o lucro líquido recuou 2,9%, totalizando 10,9 bilhões de francos suíços.
Mudanças Estratégicas
Freixe anunciou um plano de corte de custos de US$ 2,8 bilhões e reduziu a meta de margem operacional para "pelo menos 17%". Ele também está em busca de um investidor para reestruturar o segmento de água mineral, que enfrenta desafios regulatórios. Um relatório do Senado francês revelou o uso de tratamentos de filtragem ilegais em produtos da Nestlé, embora a empresa tenha afirmado que todos os seus produtos são seguros.
O CEO acredita que a demanda está fraca e a concorrência intensa, o que resulta em um cenário deflacionário. Apesar da pressão de preços, Freixe não vê impacto significativo nas vendas devido ao avanço de medicamentos para perda de peso, como o GLP-1. Ele afirmou que a Nestlé está alinhada com a missão do novo secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy, que defende políticas de redução do consumo de açúcar e alimentos ultraprocessados.
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