Economia

Planos de saúde coletivos registram reajustes de dois dígitos, mas em desaceleração

Reajustes nos planos de saúde coletivos devem ficar entre 10% e 12% em 2025, com queda na sinistralidade e fraudes.

Reajuste dos planos de saúde (Foto: Editoria de Arte)

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Os planos de saúde coletivos devem enfrentar reajustes de dois dígitos pelo quarto ano consecutivo, mas em níveis inferiores aos do ano anterior. A análise do BTG Pactual, com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), aponta um aumento médio de 12,8% entre dezembro e fevereiro, abaixo dos 13,8% registrados em 2024 e dos 14,25% de 2023.

Atualmente, o mercado de planos de saúde conta com 52 milhões de usuários, sendo 83% em contratos coletivos, predominantemente empresariais. Diferentemente dos planos individuais, que têm reajustes regulados pela ANS, os coletivos são ajustados pelas operadoras em negociações diretas. Os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim afirmam que a desaceleração nos reajustes indica um novo patamar de estabilidade.

Expectativas para 2025

Os planos com até 29 vidas, geralmente contratados por microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas, também apresentam reajustes em desaceleração, com percentuais em torno de 15%. A consultoria Mercer Marsh prevê que a média de reajustes para 2024 foi de 15,5%, podendo cair para entre 10% e 12% neste ano, devido à redução da sinistralidade.

A sinistralidade, que é a parte da receita das operadoras destinada à assistência médica, encerrou 2024 em 79,5% na Mercer, enquanto a média do mercado, segundo a ANS, é de 80,7%. Este índice tem apresentado queda desde 2021, quando estava em 86,9%. A inflação médica também diminuiu, passando de 11,8% em 2023 para 6,96% no ano passado.

Combate a Fraudes

A redução dos reajustes também é atribuída à diminuição das fraudes. Em 2022, 12% dos pedidos de reembolso eram de exames simples, enquanto em 2023 esse número caiu para 2,1%. Vinicius Figueiredo, analista do Itaú BBA, destaca que medidas de ajuste de custos, como restrições na liberação de reembolsos e negociações com prestadores, impactaram os percentuais.

Apesar do cenário otimista, o relatório do BTG revela que algumas operadoras aplicaram reajustes superiores à média do setor. A SulAmérica teve alta de 16,5%, a Hapvida Notredame Intermédica de 12,2%, e a Unimed Nacional de 16,9%. A Amil, por outro lado, registrou aumentos de 16,3%, abaixo dos 19,6% do período anterior.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) considera as projeções positivas, refletindo os esforços das operadoras no combate a fraudes e na gestão de recursos.

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