Economia

Brasil enfrenta dilema moral ao considerar legalização de apostas online para arrecadação

Legalizar apostas online no Brasil pode gerar custos sociais de até R$ 100 bilhões anuais, sem estrutura para tratar suas consequências.

Movimentação mensal dos brasileiros em apostas online varia entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. (Foto: Felipe Rau/Estadão)

Movimentação mensal dos brasileiros em apostas online varia entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões. (Foto: Felipe Rau/Estadão)

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O Brasil enfrenta um intenso debate sobre a legalização das apostas online, impulsionado por prefeitos que buscam soluções rápidas para as finanças públicas. No entanto, essa estratégia ignora as potenciais consequências sociais e de saúde mental.

Estudos recentes apontam que a legalização pode acarretar custos sociais de até R$ 100 bilhões anuais, afetando a saúde mental e financeira da população. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) e campanhas de conscientização estão ausentes, o que agrava a situação.

Dados do Banco Central revelam que os brasileiros movimentam entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões por mês em apostas online, com mais de 2 milhões de pessoas apresentando sintomas de problemas como depressão e compulsão financeira. A estimativa é que os custos sociais do jogo possam atingir 1% do PIB, resultando em um impacto anual de até R$ 100 bilhões.

Consequências da Legalização

A busca por arrecadação fácil pode ser vista como uma "cegueira fiscal seletiva", onde se prioriza a receita em detrimento da saúde da população. O Brasil já enfrentou desafios semelhantes com o tabagismo, que gera custos anuais de R$ 153,5 bilhões, muito superiores à arrecadação com impostos do setor.

Além disso, o Bolsa Família está sendo parcialmente drenado via Pix para plataformas de apostas, muitas delas sediadas no exterior. A falta de infraestrutura para tratar a ludopatia e a ausência de campanhas de conscientização levantam preocupações sobre a responsabilidade na regulamentação das apostas.

A situação exige uma reflexão sobre as prioridades do país. Arrecadação não pode justificar a destruição da saúde e do bem-estar da população. É fundamental que o Brasil busque uma abordagem ética e sustentável para a arrecadação, protegendo os mais vulneráveis.

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