Economia

Inflação da construção desacelera em maio, mas setor ainda enfrenta desafios

Inflação da construção desacelera para 0,26% em maio, mas mão de obra ainda pressiona custos. O que esperar para os próximos meses?

Mão de obra desacelera em maio, mas deve voltar a ganhar ritmo no próximo mês. (Foto: Alexandre Cassiano)

Mão de obra desacelera em maio, mas deve voltar a ganhar ritmo no próximo mês. (Foto: Alexandre Cassiano)

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A inflação da construção civil apresentou uma desaceleração em maio, registrando 0,26%, em comparação a 0,59% em abril. Essa queda foi impulsionada por uma deflação em materiais e equipamentos, que recuaram 0,12% após uma alta de 0,35%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Além disso, os serviços também desaceleraram, subindo 0,40% contra 0,50% no mês anterior. A variação da mão de obra, que foi de 0,91% em abril, caiu para 0,72% em maio. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acumula alta de 7,17% nos últimos doze meses, levantando a questão se essa desaceleração representa uma mudança de tendência.

Expectativas para o Setor

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do FGV Ibre, afirma que a continuidade dessa tendência de queda dependerá do comportamento dos materiais. Cerca de 28% das empresas consultadas na Sondagem da Construção planejam aumentar contratações nos próximos três meses. Contudo, a mão de obra deve continuar a pressionar os custos, especialmente com o mês de junho sendo marcado por acordos coletivos em São Paulo.

A economista destaca que o alívio não deve vir da mão de obra, que deve voltar a acelerar em junho. A pesquisa indica que a mão de obra é a maior dificuldade enfrentada pelo setor, que permanece aquecido. A guerra de tarifas pode facilitar a importação de produtos mais baratos, e o preço do aço já apresentou queda neste mês.

Cenário Econômico

Os juros altos e as incertezas externas têm impactado o otimismo das empresas do setor. Apesar disso, a maioria das construtoras ainda se mostra otimista, refletindo um ciclo de negócios anterior robusto, tanto em infraestrutura quanto no mercado imobiliário. Contudo, as expectativas para a continuidade desse ciclo estão mais cautelosas, com as empresas demonstrando um leve arrefecimento no otimismo.

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