Economia

Cuba impõe aumento nas tarifas de internet e agrava crise de conectividade

Aumento nas tarifas de internet em Cuba gera descontentamento e agrava a crise econômica, afetando principalmente os mais vulneráveis.

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Cuba enfrenta uma grave crise econômica, marcada por escassez de alimentos e apagões frequentes. A empresa estatal de telecomunicações, ETECSA, anunciou um aumento significativo nas tarifas de internet, o que restringe ainda mais o acesso à rede para a população. A medida, que entra em vigor em 30 de maio, gerou descontentamento generalizado, especialmente entre cubanos que dependem de remessas do exterior.

Com o novo aumento, os cubanos precisarão desembolsar 3.360 pesos (cerca de 9 dólares) por 3 gigas de internet, enquanto o salário mínimo mensal é de 2.100 pesos (aproximadamente 5 dólares). Isso significa que muitos terão que trabalhar mais de um mês apenas para acessar redes sociais ou enviar mensagens. O descontentamento é palpável, com protestos que envolvem artistas, opositores e instituições estatais.

Impacto nas Comunicações

A nova política de ETECSA limita a compra de serviços em pesos cubanos a 360 CUP (aproximadamente 0,97 dólares) a cada 30 dias. O restante do tempo, os usuários terão que adquirir pacotes em dólares. Essa mudança afeta diretamente a comunicação entre cubanos e seus familiares no exterior, que frequentemente enviam dinheiro para ajudar com as recargas.

O economista Ricardo Torres, ex-investigador do Centro de Estudos da Economia Cubana, destacou que a medida é um reflexo de uma economia em crise. Segundo ele, a falta de estímulo à produção e a dependência de dólares para sustentar a infraestrutura de telecomunicações são sinais de um modelo disfuncional.

Reações e Consequências

A insatisfação se espalhou rapidamente, com a Federação Estudantil Universitária e várias faculdades da Universidade de La Habana expressando preocupações sobre o impacto da medida em estudantes e profissionais. A empreendedora Saily González Velázquez, que vive nos Estados Unidos, descreveu a situação como um "mecanismo de chantagem e exploração" para os emigrados.

Muitos cubanos já falam em se retirar das redes sociais ou em não aceitar recargas de familiares. González convocou um "parão total de recargas a Cuba", uma ação que visa pressionar o governo a reverter a decisão. A situação atual evidencia a crescente desigualdade e exclusão social na ilha, com os mais vulneráveis sendo os mais afetados pela nova política de tarifas.

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