Cimed transforma sua imagem e se destaca como marca 'cool' no setor farmacêutico

Durante a CMO Summit, realizada em São Paulo, a Cimed, sob a liderança de Erich Shibata, apresentou sua transformação no marketing farmacêutico. A empresa, tradicionalmente focada em medicamentos genéricos, adotou uma abordagem inovadora, utilizando a cor amarela como símbolo de sua nova identidade.

Shibata destacou que a criatividade é essencial para se destacar em um setor conservador. Ele compartilhou que seus primeiros projetos na Cimed tinham orçamentos limitados, mas geraram resultados significativos. O primeiro vídeo para redes sociais custou apenas R$ 2 mil, mas abriu portas para investimentos maiores. “Coisa boa é como droga. Quem experimenta, quer mais”, afirmou, enfatizando a importância de criar desejo.

A presença digital da Cimed é robusta, com mais de 12 milhões de seguidores e cerca de 700 milhões de impressões mensais. A empresa utiliza uma linguagem leve e formatos nativos, especialmente no TikTok, onde adota estratégias modernas para engajar o público. Além disso, a Cimed incentiva seus colaboradores a se tornarem promotores da marca, criando uma cultura de "influenciadores de crachá".

Aposta no Amarelo

A escolha do amarelo como cor predominante foi uma estratégia ousada. Shibata revisa pessoalmente todas as aplicações da cor, buscando consistência. Ele comparou a abordagem da Cimed à da Tiffany, que mantém seu tom de azul inalterado. Essa identidade visual ajuda a diferenciar a Cimed no mercado, mesmo em produtos genéricos.

Shibata também mencionou a criação de um moletom amarelo para os colaboradores, que se tornou um item desejado. Inicialmente rejeitado, o uniforme foi bancado por ele e pelo CEO, mas agora é disputado por funcionários e influenciadores. “Teve diretor que preferiu ganhar um moletom a um bônus em dinheiro”, revelou.

Diversidade e Inovação

A diversidade de experiências na equipe da Cimed é um dos pilares de sua inovação. Shibata, com formação em design industrial, trouxe uma visão não convencional para a empresa. Ele defende que a flexibilidade e a quebra de silos são fundamentais para a criatividade. A Cimed se beneficia da experiência de profissionais de diferentes setores, como McDonald's e JBS.

Por fim, Shibata ressaltou que a criatividade deve ter um propósito claro. “Design bonito não serve para nada se não vender”, concluiu, enfatizando que todas as ações devem gerar resultados financeiros. A combinação de criatividade e estratégia tem sido a chave para o sucesso da Cimed no competitivo mercado farmacêutico.