Revolut planeja expansão na Argentina após lições do Nubank no mercado local

Seis anos após a desistência do Nubank em entrar no mercado argentino, a Revolut, fintech britânica, anuncia sua chegada ao país. A empresa adquiriu o Banco Cetelem Argentina e planeja operar com uma licença bancária, oferecendo uma ampla gama de produtos financeiros.

A Revolut, que já conta com mais de 50 milhões de usuários globalmente, chega com um portfólio diversificado, incluindo criptomoedas e serviços de câmbio. Agustín Danza, novo CEO da Revolut na Argentina, destacou as diferenças entre a entrada da fintech e a tentativa do Nubank. "Eram situações muito diferentes de uma perspectiva macro", afirmou.

A Revolut apresenta um desempenho financeiro robusto, com 52,5 milhões de clientes e US$ 4 bilhões em receitas em 2024, um aumento de 72% em relação ao ano anterior. A empresa também reportou um lucro líquido de US$ 1 bilhão, com uma margem superior a 25%. Danza enfatizou que a Revolut entra na Argentina com um compromisso de longo prazo e uma estratégia clara.

Estratégia de Lançamento

A chegada da Revolut à Argentina é marcada por uma equipe de pré-lançamento de 30 a 40 pessoas em Buenos Aires, em contraste com os 12 funcionários do Nubank na mesma fase. O CEO acredita que a penetração de smartphones e a adoção de tecnologias financeiras no país são fatores atrativos. "A Argentina é um país superatraente", disse Danza.

A fintech planeja adaptar seu produto de câmbio em múltiplas moedas ao regulamento argentino, permitindo transferências internacionais instantâneas e gratuitas entre contas Revolut. Danza mencionou que a empresa já nasce com uma licença bancária, o que a diferencia de outras operações na região.

Visão de Crescimento

A Revolut tem uma meta ambiciosa de estar entre os três primeiros aplicativos financeiros em downloads nos próximos 3 a 5 anos. Danza acredita que a empresa pode transformar o relacionamento dos argentinos com serviços financeiros. A Revolut, que já opera em mais de 30 países, está posicionada para um crescimento agressivo na América Latina, com a Argentina como um mercado-chave.